Nenhuma dúvida existe quanto aos direitos do político ou de qualquer pessoa de questionar, criticar e cobrar os agentes públicos quando tiverem a mínima suspeição sobre sua conduta. É legal, democrático e necessário esta vigilância, desde que não esteja movida por mero capricho ou interesses de outra natureza.
Por esta razão simples e objetiva, são válidos e pertinentes os elogios que diferentes segmentos da sociedade vêm fazendo aos protagonistas de um momento importantíssimo da vida publica estadual, ocorrido durante a semana. O projeto de lei do Executivo reajustando o benefício do programa Mais Social – de R$ 300,00 para R$ 450,00 a partir de janeiro – demonstra a benfazeja sintonia de governantes e legisladores em matéria de indiscutível legítimo interesse social, de caráter absolutamente humanista.
O governador Eduardo Riedel, o autor da proposta, e os deputados estaduais que a aprovaram, com o empenho maiúsculo do presidente da Casa, Gerson Claro, fizeram o que precisava ser feito. Num tempo em que as bombas despejadas a esmo sacrificam inocentes espalhados nos dois lados de uma carnificina, e crianças imploram por uma xícara de água ou um naco de pão, o Brasil ainda tem exemplos de solidariedade que podem ser oferecidos ao mundo que busca a paz e a justiça.
Mato Grosso do Sul, pelas políticas publicas de governo e o olhar republicano dos legisladores, sobra na sensibilidade diante do sofrimento de famílias que têm no Mais Social o socorro extra que salva o lanche, almoço e jantar da família, sobretudo as crianças. O Estado põe no seu caderno de despesas um desembolso que vai passar dos R$ 700 milhões em dois anos.
E daí? Se a política de controle financeiro funcionou, há em caixa o recurso disponível para esta emergência. O governo fez sua obrigação, em dias onde este dever é ignorado por muitos. Agora, 54 mil seres humanos – em números de hoje – vão respirar mais aliviados, sabendo que ainda podem contar com representantes que dignificam o voto recebido.