Ainda não se sabe onde, quando e como surgiu a expressão “guerra avisada não mata aleijão”. Pode até sugerir um tom preconceituoso e não é, de fato, um ditado popular recomendável. Porém, é certo que sua origem tem a ver com uma receita indispensável a quem procura estar prevenido e atento às traiçoeiras seduções nos caminhos da vida.
No caso dos eleitores, o ensinamento é oportuno e precioso. Estão chegando as próximas eleições e com elas, misturados aos bons, os maus, os aventureiros, os trapaceiros. Nesta vala, alguns capricham na dissimulação e outros ainda não foram alcançados pelas garras da fiscalização. E é por isto que todo cuidado terá sido pouco na hora de ir às urnas dar seu voto.
Haverá candidaturas das mais variadas formas, quase todas vestidas de risos fáceis, tapinha nos ombros e salamaleques, a bordo das promessas mais delirantes. E é neste cenário que entram os avisados da guerra, gente que vai entrar nela sabendo com em qual trincheira se abrigar e a quem der as mãos para fazer suas lutas.
Os meios de comunicação – especialmente os sites e páginas oficiais das instituições de controle, fiscalização, repressão e julgamentos – criaram mecanismos importantes de orientação e de informação para que o povo se prepare e fique sabendo como fazer para não sucumbir ao fascinante canto da sereia.
Tem muito “espertinho” por aí achando que vai lidar com otários e desavisados quando for pedir votos para se eleger. Pura ilusão. Eleitores hoje já sabem identificar quem mente e quem fala a verdade, quem tem sua ficha limpa ou já a sujou, quem tem pendência e quem não tem.
Bom para o eleitor avisado da guerra. Não será morto por ela. Afinal, neste caso, mais vale aquele outro ditado: cachorro mordido por cobra tem medo de linguiça. Ou até do cadarço do sapato.