O fato de estar conduzindo um processo complexo e desafiador, que é administrar um cenário de crises cruzadas e atender emergências inevitáveis, entre as quais as vidas humanas, o governo de Mato Grosso do Sul entra em cena mais uma vez com sua já habitual providência nesses casos. Determinou a edição de medidas em um plano de recuperação econômica chamado ‘Retomada MS’.
Com essa intervenção, o governador Reinaldo Azambuja põe no território da economia estadual mais de R$ 1 bilhão, em dinheiro do Tesouro, contingenciado no planejamento estratégico da política pública de finanças. Desse volume de recursos, R$ 250 milhões chegam – ou melhor, já chegaram no final de semana – como parte do pagamento (metade) do 13º salário dos 79 mil servidores do Estado.
A outra parcela para ser desembolsada, e também já em caixa, soma R$ 763 milhões. Contempla os setores do turismo, bares e restaurantes, cultura e assistência social, garantindo providencial cobertura a empresários e empregados, que por causa das restrições decorrentes da pandemia estão com prejuízos acumulados desde o primeiro semestre do ano passado.
A análise do governador é simples, objetiva e incontestável: “Esta antecipação de salários e o incentivo ao comércio são fundamentais, significam mais dinheiro circulando na nossa economia”. Não poderia ser mais preciso e realista.
Com as medidas drásticas de interrupção das atividades, como o lockdown, o toque de recolher, a paralisação das aulas presenciais e outras interrupções, o dinheiro deixou de circular, as fontes de emprego secaram e todo mundo ficou sem gás em todos os elos da corrente que faz a economia girar.
O governo teve preocupação até em detalhes como a decisão de assegurar um auxílio emergencial para profissionais do turismo. Ou ainda: a isenção de ICMS para bares e restaurantes e de IPVA para veículos do segmento, auxílio para agentes de cultura e pagamento de benefícios sociais.
A corda nem sempre arrebenta do lado mais fraco em se tratando de gestão responsável, sensível e competente. Com a pandemia, arrebentou para todos, porém novas cordas foram estendidas para que os sul-mato-grossenses pudessem – e estão podendo – vencer a tormenta, afastar o desalento e manter abertas as portas de seus sonhos legítimos de superação e avanço.