Aliados do prefeito Marquinhos Trad começaram a dar sinais que sua renúncia em 2 de abril para se candidatar ao governo do Estado, não é tão certa. Eles alegam que reeleição do prefeito foi um pacto assinado com a população, e rompê-lo, seria trair o eleitor campo-grandense.
Marquinhos se sentiria mais à vontade se as pesquisas o apontassem na liderança da preferência do eleitor no início da pré-campanha. Mas não é isso que está mostrando os institutos de pesquisas. Ele está um pouco distante do ex-governador André Puccinelli, do MDB, que está na dianteira, podemos dizer, no aquecimento da corrida eleitoral. Então, os números das pesquisas não entusiasmam e não tem oferecido segurança ao mesmo. Isso mexe com a cabeça do político.
Os números mostram ainda a deputada federal Rose Modesto, hoje no PSDB, prestes a sair candidata a governadora pelo União Brasil, e o secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel, do PSDB, vem numa crescente na cola de Marquinhos. Então, ele não se encontra numa Zona de conforto, partindo da premissa que não se deve trocar o certo pelo duvidoso.
De acordo com políticos próximos do prefeito da Capital há uma questão de bastidor que tem consumido suas noites de sono; para ser candidato, ele terá que renunciar ao cargo, deixando a administração para sua Vice, Adriane Lopes, que cuidaria de uma máquina que terá um orçamento de mais ou menos R$ 13 bilhões nos últimos dois anos e oito meses do mandato, que se encerrará em 2024. Outra questão: o eleitor entenderia essa renúncia?
Além disso, Marquinhos Trad não contava com a entrada no cenário do ex-governador Puccinelli que, mesmo tendo enfrentado graves problemas judiciais, ainda conta com um eleitorado expressivo tanto na Capital (reduto do prefeito) como no interior (onde Marquinhos Trad tem potencial de voto pífio).
Marquinhos teria que articular um grupo de apoio ou se aliar ao PSDB para ganhar densidade eleitoral, mas como perdeu totalmente a confiabilidade dos tucanos, isso está fora de cogitação. Por outro lado Eduardo Riedel vem crescendo nas pesquisas e criando assim musculatura.
Sobre administração das Capitais, Campo Grande está entre as piores cidades do Brasil em Gestão Fiscal, ocupando o 20º lugar, segundo o Jornal Valor Econômico (A bíblia dos economistas) publicado em 22 de outubro de 2021. Marquinhos Trad é comprovado em números que é um prefeito que não cuida bem das finanças do município.
Também não cuida dos bairros, haja visto o estado de calamidade que se encontram os seguintes setores: transporte coletivo, saúde, obras, inclusive na área Central que vive um cenário caótico, levando ao fechamento de lojas e aumentando assim o índice de desemprego na Capital, quando deveria fomentar exatamente o contrário.
Também vive inferno astral com servidores municipais de várias categorias. Umas cobram reajuste e melhores condições de trabalho, outra que ele cumpra contrato assinado ano passado com os professores. Agora no entanto alega não ter recurso para honrar o que foi acordado. Quando assinou ele não sabia que o caixa da prefeitura estava quebrado?
Agora, apesar dele ter repetido 55 vezes que vai disputar o cargo de governador, basta dizer uma só vez, nem precisa ser autêntico ao alegar que ‘o povo quer que ele fique”, ou que fica na prefeitura por questões pessoais.
De qualquer forma se amarelar, vai ter que se recuperar, pois Campo Grande não merece ficar mais 3 anos vivenciando uma gestão acéfala.
Como dizia Barão de Itararé: “Tudo seria mais fácil se não fosse as dificuldades…”
Tenho Dito!