Mato Grosso do Sul acorda cada dia com claros horizontes à sua frente, ainda que o tempo esteja de mau-humor. Geadas e longos períodos de estiagem rigorosa castigaram as plantações e afetaram os criatórios. Contudo, não foram suficientes para desmontar a sólida estrutura do sistema produtivo, conduzida com singular capacidade pelos empreendedores locais, do pequeno ao grande, e tratada com a devida atenção nas políticas públicas de fomento do governo estadual.
É neste cenário admirável de superação e de avanços que o agronegócio sul-mato-grossense dá a resposta do Estado às acumuladas crises que afetaram e ainda afetam as economias do País e do mundo. Mesmo sob conjunturas recessivas que se arrastam há mais de década e meia, e agora agravadas pelos impactos da pandemia, o desempenho das bases econômicas sul-mato-grossenses eleva-se até patamares inimagináveis, num alentador contraponto aos ambientes de desalento ou de pessimismo que se formaram na tempestade.
Uma das fotografias eloquentes do peso diferenciado do agronegócio nesse panorama é a importância dada pelos poderes públicos ao papel das organizações que dirigem o setor produtivo, sejam as economias primárias, seja a agroindústria. No dia 17 passado o governador Reinaldo Azambuja e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Paulo Corrêa, prestigiaram a posse de Marcelo Bertoni, que substituiu Maurício Saito na presidência da Federação de Agricultura e Pecuária (Famasul).
Mais que a presença física a ilustrar o ato, chamaram atenção as palavras dos ilustres convidados, pontuando o reconhecimento aos produtores e frisando a importância do apoio e do reconhecimento, pelo governo e pela sociedade civil, a uma classe que, sem dúvidas, vem carregando o Brasil. No caso de Mato Grosso do Sul, em particular, os números que atestam essa realidade são indiscutíveis.
Este ano, as exportações locais de janeiro a julho acumulam um saldo de US$ 2,8 bilhões, ou 16,5% maior que o mesmo período de 2020. As exportações somaram no período US$ 4,232 bilhões, contra US$ 1,340 bilhão de importações. A soja em grão é a líder nesta pauta, responsável por 40,91% do total. O milho é o 8º do ranking, com participação de 2,46% na balança comercial e crescimento de 139% no faturamento das exportações. Em segundo está a celulose, com 20,21%.
Por fim, vale registrar que mais de 43 mil famílias de pequenos produtores rurais desenvolvem no Estado sua subsistência e atividades de mercado por meio da agricultura familiar. O governo estadual está garantindo ao setor equipamentos, máquinas, insumos e apoio ao crédito, em fértil parceria com o governo federal, os municípios e as representações da classe. O Plano Safra 2020/2021 carimbou para a Agricultura Familiar no país R$ 33 bilhões em recursos para financiamento pelo Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), montante 5,7% maior que na safra passada.
Diante disso, só não acredita neste Estado quem não conhece o que tem.