Domingo, 15 de novembro de 2020. Mais uma data para a democracia brasileira se experimentar. Entre os acertos e erros que uma escolha propõe, há um denominador comum para todos os eleitores: a margem de erro ou de acerto é igual.
Em Campo Grande, mais de 612 mil pessoas estão habilitadas para irem às urnas e sacramentar seu voto para prefeito ou prefeita e vereador ou vereadora. São 14 candidatos à titularidade do principal cargo majoritário do Executivo, com os respectivos vices, e quase 800 concorrentes às 29 vagas no Legislativo Municipal.
Pode parecer muita gente disputando poucos espaços. Mas quantidade não significa qualidade. Basta conferir – quem tiver paciência e resignação – o que dizem ou propõem as candidaturas. Poucas propostas merecem atenção, crédito, confiança. E é neste momento que se impõe o desafio a cada eleitor: a filtragem seletiva para definir quem vai eleger.
Se não usar esse filtro e digitar na urna eletrônica sua preferência só pelos critérios da amizade, da identificação estética ou da escolha aleatória pouco ou nada adiantará para a democracia esse voto. Porque só mesmo a democracia e as liberdades possibilitam e dão consistência a valores e alvos como o desenvolvimento humano e sustentado, a igualdade, a justiça, a paz, a prevenção à violência e às doenças, e aos direitos fundamentais da pessoa como os de exercer livremente suas escolhas, pensamentos e opiniões.
Nada desautoriza a pessoa a ter como guias de seu voto a amizade ou a proximidade territorial, por exemplo, contudo é essencial saber que votar é dar um cheque assinado, mas com valores em branco, para que prefeitos (as) e vereadores (as) preencham e utilizem por quatro longos anos. E o filtro é fundamental para que as despesas e eventuais prejuízos não sejam pagos pelos donos da conta.