Desde a última campanha para prefeito, Marquinhos Trad se notabilizou por fazer promessas que de antemão sabia que não poderia cumprir, num claro método de enganar e persuadir os eleitores. Por isso recebeu a alcunha de “Marcos Mentirinha”. Passado o período eleitoral, em seu segundo mandato na Capital foi mais longe. Começou a ludibriar e criar ilusões para os servidores municipais. Desta vez, contudo, muito mais grave, se comprometendo a atender pleitos, como, por exemplo, o caso dos administrativos da Educação, onde o ex-secretário de Fazenda Pedro Pedrossian Neto e a então vice-prefeita Adriane Lopes rubricaram o documento firmando acordos com a categoria. Não cumpriram a palavra e muito menos as suas assinaturas.
Agora, na campanha, Marquinhos segue, como de costume, mentindo sem nenhum pudor. Primeiro, ao dizer que o Governo do Estado nunca ajudou a Capital, foi desmentido pelo governador Reinaldo Azambuja, no programa de rádio de maior audiência do Estado. Azambuja detalhou as vezes que ajudou a cidade e ainda afirmou que o ex-prefeito mente descaradamente, ao lembrar que acabou com todas as obras inacabadas no Estado, enquanto Trad foi prefeito e não deu conta de terminar um terminal, que se encontra em total abandono. “Não dá conta de terminar um terminal e vem criticar quem terminou 206 obras inacabadas, sendo muitas delas complexas, como o Bioparque”.
Contudo, parece que a desfaçatez se pega por osmose. Acredite se quiser, mas o que se confirma é que a prefeita Adriane Lopes reedita o mesmo “estilo” da mal fadada gestão do seu antecessor. No último dia 11, no afã de interromper o movimento da Guarda Metropolitana, achando que iria encerrar o protesto, recebeu em seu gabinete membros do Sindicato da categoria e falou em alto e bom som que ia cumprir algumas das reivindicações e preparar estudo para outra. Contudo, no dia 12 enviou um documento ao Sindicato que não constava nada do que havia acordado na reunião. E assim demonstra, categoricamente, que aprendeu o modus operandi de Marquinhos. Enquanto não cumpre o que é determinado por Lei, os Guardas Municipais continuarão acampados na frente do Paço Municipal.
Agora a prefeita silencia sobre a denúncia de assédio sexual e sexo dentro do banheiro interno do gabinete da prefeitura. Essas denúncias são gravíssimas e precisam de uma investigação minuciosa, assédio é crime, é coisa séria. Por outro lado, as nossas servidoras merecem todo respeito e consideração por parte dos seus superiores.
Na prefeitura, não era incomum ver no gabinete moças bem vestidas e maquiadas como se ali fosse uma passarela. Era, no mínimo, estranho, mas aquilo já havia se incorporado ao mundo natural do gabinete.
E agora, prefeita, mulher, mãe, como não se manifestar? Marquinhos vai continuar tendo seu apoio irrestrito, mesmo quando quatro mulheres prestam queixa na Delegacia da Mulher o acusando? O que para uns pode ser considerado um silêncio constrangedor, outros veem como um momento valioso de reflexão e de busca para com a verdade.