A disputa eleitoral em Campo Grande chega ao seu final tendo em vista um quase certo segundo turno. Infelizmente, de algumas semanas para cá, e à medida que as pesquisas de intenções de voto passaram a mostrar quem é quem na disputa, a campanha foi lançada num rumo que a desvirtua na democracia, nos bons costumes e na afirmação dos princípios saudáveis da pessoa.
Se medidas rigorosas e definidas em lei não forem tomadas para dar ao processo a claridade e a higidez necessárias à disputa, a campanha pode afundar cada vez mais num abismo de depreciação política e, o que é ainda pior, de sordidez e impunidade dos sórdidos. As críticas e até as denúncias, quando revigoradas por fatos e provas indiscutíveis, lastreadas pelo crivo das instituições competentes, são normais, admissíveis.
Contudo, há situações inadmissíveis e tão flagrantemente criminosas que, mesmo assentadas na mentira e na difamação, desafiam a agilidade e a autoridade dos órgãos de controle, prevenção e proteção da saúde política, ética e moral desse confronto. O caso do foragido da Justiça que ganhou espaço em um órgão de imprensa para alvejar um candidato com acusações pesadíssimas e não-comprovadas, é um grande e concreto mau exemplo de como apostar na impunidade e na inadequada tolerância dos guardiões da lei e da ordem.
O candidato em questão, Beto Pereira, do PSDB, não por acaso, é o que mais cresceu nas pesquisas de intenção de voto. Saiu de um terceiro lugar e chegou ao empate técnico na liderança. E, também não por acaso, é o que mais sofre ataques com o perfil desse que foi praticado pelo foragido da Justiça. Antes dele, foram feitas outras tentativas semelhantes, e todas sem crédito, como bem se demonstrou quando os fatos e a comprovação da verdade desmontaram tais mentiras.
Beto Pereira apresentou e disponibilizou a quem quiser ver, todos os documentos oficiais atestando não sofrer qualquer investigação, processo ou inquérito. Tem ficha limpa, é candidato de plena legitimidade e direito consolidado nos tribunais. Por incrível que pareça, um criminoso que vive nas sombras, escondido da Polícia e foragido da Justiça, ainda consegue dar voz e repercussão a uma denúncia vazia.
Ficou evidente que não foi e nem deve ser a última tentativa de frear o crescimento do candidato a prefeito. Resta saber quem está por trás – ou à frente – destas grosseiras armações, porquanto não se sustentam em provas e nem em fatos inquestionáveis, a não ser a palavra de um candidato a cliente do xilindró. Ou não?
Quem foge da justiça não é santo, nem monge. É o quê mesmo?