Dicionários, tratados linguísticos – e agora com as variadas fontes de consulta no Google – a origem e o significado das palavras estão ao alcance de qualquer pessoa. Há vocábulos cuja objetividade é tão objetiva que até dispensam interpretações e negam qualquer dubiedade. Um bom exemplo está na palavra “parcerias”.
Quem mergulha na Internet para buscar o socorro da empresa norte-americana Google, que há 25 anos desenvolve o mais completo sistema de informações do planeta, verá definições como esta: “Parcerias são acordos mutuamente benéficos entre duas ou mais partes, com responsabilidades partilhadas aos mais diversos níveis”. Ou estes sinônimos: colaboração, cooperação, combinação, coadjuvação, coparticipação, concurso, sinergia.
Tem-se, portanto, a ideia absoluta de um modelo de entendimento que se processa acima das divergências e diferenças. Na vida publica brasileira, este é o modelo que a sociedade anda a cobrar de seus representantes em todos os níveis. E algumas respostas concretas são dadas, como ocorre em Mato Grosso do Sul.
Tanto nas suas representações estaduais como nas municipais, são elas, as parcerias, que vêm construindo e até alargando caminhos para que os divergentes e os diferentes se encontrem num viés de interesses comuns. Às vezes, não perceptível, esta possibilidade de soma fica prejudicada, e deixa seu espaço tomado pelos conflitos pessoais, ideológicos, partidários e até mesmo por vaidade ou ambições sem freios.
Felizmente, as forças motoras do governo estadual e da prefeitura de Campo Grande se recusam à mediocridade do diversionismo, da rachadura política insensata, do egocentrismo e do excesso de autossuficiência, um dos mais perniciosos sentimentos causadores da regressão humana. Aqui, ao menos até agora, prospera a grandeza edificadora dos que se somam quando o quadro é de dispersão e conflito para ver quem pode mais.
É é assim, na soma de vontades comuns, que parcerias de adversários ideológicos contribuíram decisivamente para a prefeita Adriane Lopes dar à cidade, nos seus 124 anos, um presente de R$ 540 milhões em obras, e para o governador Eduardo Riedel desembrulhar um “pacote” de investimentos de quase R$ 50 bilhões.
Portanto, na política as parcerias nada mais são que respostas firmes e contundentes da inteligência à estultice, da grandeza à pequenez, um solene nocaute que a dignidade aplica à mediocridade.