O ex-primeiro ministro do Japão Shinzo Abe, de 67 anos, morreu nesta sexta-feira, 8, após ser baleado duas vezes durante um comício para as eleições parlamentares japonesas na cidade de Nara, no oeste do país.
Segundo a imprensa japonesa, o atirador – que foi identificado como Tetsuya Yamagami, de 41 anos – usou uma arma artesanal. O suspeito foi preso por agentes de segurança e disse à polícia que estava insatisfeito com Abe e que queria matá-lo.
Shinzo Abe foi levado para o hospital, mas não resistiu. O hospital informou que o ex-premiê morreu às 17h03 (horário local, 5h03, em Brasília), cerca de cinco horas e meia depois que foi baleado.
Um médico disse que Abe sangrou até a morte devido a dois ferimentos profundos, um deles no lado direito de seu pescoço. Ele não tinha sinais vitais quando deu entrada na unidade de saúde.
Abe fazia um discurso de campanha do lado de fora de uma estação de trem quando os tiros foram disparados por volta das 11h30 (horário local, 23h30 da quinta-feira em Brasília). Agentes das forças de segurança foram então vistos avançando sobre um homem com uma camiseta cinza e calças bege.
“Houve um estrondo alto e depois fumaça”, disse o empresário Makoto Ichikawa, que estava no local, à Reuters, acrescentando que a arma era do tamanho de uma câmera de televisão.
“O primeiro tiro, ninguém sabia o que estava acontecendo, mas após o segundo tiro, o que parecia ser uma polícia especial avançou sobre ele.”
Shinzo Abe foi o primeiro ex-premiê ou primeiro-ministro no cargo no Japão a ser assassinado desde os dias do militarismo pré-guerra no país, na década de 1930.