A administração Marquinhos Trad (PSD) deu mais uma demonstração da sua irresponsabilidade este mês. A UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) do bairro Maria Aparecida Pedrossian (MAPE) sofre vazamentos da caixa dágua, a falta de um farmacêutico há cerca de um ano e para completar no inicio de janeiro a câmara científica (geladeira para guardar vacinas) pifou, e desde então o local deixou de ser um ponto de vacinação.
A unidade atende, além da MAPE, os bairros Residencial Oiti, Jardim Panorama, Jardim Samambaia, Residencial Fernando Sabino, Residencial Vivendas do Parque e os residenciais Dahma I, II, III e IV.
A reportagem do Jornal FOLHA DE CAMPO GRANDE foi até o bairro ouvir o presidente da Associação de Moradores do Bairro, Jânio Batista Macedo. Ele destacou que mesmo sendo considerada uma região importante, que só cresce, com a associação ativa há 39 anos, que presta diversos serviços para a comunidade, a atenção recebida deixa a desejar.
“Os pacientes que procuram o posto e precisam de remédio específico, por exemplo algum psiquiátrico, não conseguem, pois não temos mais um farmacêutico no local. A unidade de sáúde tão importante para a região está debilitada”, disse.
Jânio Macedo lembrou que em 2016 e 2020 a UBSF passou por reformas e recebeu alguns equipamentos, mas que agora no início de 2022 ela atende abaixo de sua capacidade. “Tenho contato com os órgãos que compõem o sistema de saúde, conversamos, pedimos, mas a ugência para nós não é para quem pode resolver os problemas” pontuou.
Em tempo da variante da Covid – Omicron, que está lotando os leitos hospitalares e causando mortes, batendo recorde de internações nos últimos dias, Jânio Macedo questiona: “O que vai acabar com a pandemia não é a vacinação? Mas agora nosso posto não vacina mais, as crianças de 5 a 11 anos que tem que tomar o imunizante, tem que ser levadas ao postos do Tiradentes ou ao Posto do Noroeste, um contratempo danado neste época de volta as aulas”.
Ele explicou que ficou sabendo por órgão oficial que a geladeira de vacinas “deu tilt”, e que pasmem, não existe assistência técnica para atender. “Fiquei sabendo que este equipamento veio do Paraná. Deu problema, foi retirado e não tem ninguém habilitado para consertá-lo”.
A negligência do prefeito não é ‘apenas’ com os servidores municipais
E não se engane, a negligência da gestão não é “apenas” com os servidores municipais. Dessa vez, a administração mostrou seu profundo descaso com as 30 mil pessoas que são atendidas pela UBSF do Maria Aparecida Pedrossian, a maior unidade da região que comporta mais de 20 mil pessoas.
Na segunda (31), cerca de 150 servidores da Guarda Civil Metropolitana voltaram a se reunir, desta vez na na Praça do Rádio, antes de seguirem para a prefeitura, onde se manifestaram novamente reivindicando reajuste no vale-alimentação e a efetivação de promoções da categoria, que também pede reajuste salarial e anunciou indicativo de greve podendo paralisar as atividades nas próximas 72h.
Já os educadores da Rede Municipal de Ensino ameaçam entrar em greve neste mês de fevereiro em virtude da incapacidade financeira do município de cumprir acordo celebrado no ano passado entre o prefeito Marquinhos Trad e a Associação Campo-grandense dos Professores – ACP.
Em documento assinado em agosto do ano passado, o chefe do Executivo Municipal assumiu uma série de compromissos sobre os quais já tinha conhecimento de que não seria possível cumprir, dada a situação falimentar em que sua gestão colocou a prefeitura.
Essa é a política da gestão Marquinhos Trad: empurrar os problemas para debaixo do tapete, intensificar a piora das condições de trabalho dos servidores e precarizar cada vez mais o atendimento de saúde para a população trabalhadora da cidade.
Médica não tem empatia para trabalhar na UBSF da MAPE
Entender a necessidade de uma pessoa, suas expectativas e seus anseios. Estes requisitos podem ser a chave para desvendar os segredos do paciente, melhorar o atendimento e ser reconhecido como bom profissional.
Infelizmente esses requisitos faltam a uma médica que atende na Unidade de Saúde do Bairro. “Temos uma médica aqui que acumula reclamações junto a Ouvidoria da Saúde, já participei de reunião na prefeitura com o Secretário de Relações Institucionais, Antônio Lacerda, quando ele contatou o Secretário de Saúde, José Mauro, expondo o caso. De pronto o chefe da Saúde afirmou que tinha elementos para “meter a caneta” (demitir). Então Lacerda prometeu que iam dar encaminhamento a questão, o que não aconteceu”, lembrou
Não vamos identificar a médica, pois ela não tem culpa se tem padrinhos políticos que a mantém no posto, mesmo tratando as pessoas com muito descaso. “Parece que ela não entende como funciona uma comunidade, desde os casos mais simples como obesidade, que podem desencadear outras doenças. Ela simplesmente desmerece o paciente e pede pra ele emagrecer”, resume Jânio Macedo.