A denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) foi feita após o ex-parlamentar Loester Trutis (PL) ser preso com duas pistolas, fuzil, munições e carregadores em Campo Grande
O ex-deputado federal Loester Trutis (PL-MS) se tornou réu por posse irregular de duas pistolas, um fuzil, munições e carregadores. A denuncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) é relação a vez que o ex-parlamentar bolsonarista foi preso, em Campo Grande, com o armamento.
O flagrante ocorreu no dia 12 de novembro de 2020, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, no âmbito do inquérito que investigava o “atentado fake” denunciado por Trutis em fevereiro daquele ano, na BR-060 em Campo Grande.
O ex-chefe de gabinete de Trutis, Ciro Nogueira Fidelis, também foi denunciado pelos mesmos crimes. O Ministério Público pediu a condenação de Loester Trutis e de Ciro Nogueira por posse ou porte irregular de arma de fogo de uso restrito e uso permitido, em desacordo com a legislação.
RÉU PELA SEGUNDA VEZ
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em agosto de 2022 tornar réu o deputado Loester Trutis (PL-MS) por comunicação falsa de crime, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo.
Apoiador do presidente Jair Bolsonaro, Loester Trutis é acusado de ter forjado o próprio atentado. No ano passado, ele se disse vítima de uma emboscada na rodovia BR-060, entre Sidrolândia (MS) e Campo Grande (MS). O carro que era dirigido por um assessor de Trutis foi atingido por tiros nos vidros traseiros e na lateral.
A Polícia Federal, no entanto, diz que não houve atentado. A Procuradoria Geral da República (PGR), então, denunciou o deputado por comunicação falsa de crime, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo.
Ao analisar a denúncia da PGR, os ministros do STF decidiram, por unanimidade, tornar Loester Trutis réu. A análise aconteceu em plenário virtual, no qual os ministros inserem os votos no sistema eletrônico do STF. Agora, Trutis será julgado e poderá ser absolvido ou condenado. Como perdeu nas últimas eleições, o ex-parlamentar deve ser julgado pela Vara Criminal de Mato Grosso do Sul.
Quando foi denunciado, Loester Trutis negou ter forjado o atentado. Se disse, ainda, “vítima de um refinado conluio de autoridades locais”, que, na opinião dele, “induziram” a PGR e a ministra Rosa Weber, relator do caso, a erro.