A apreensão dos fetos de lhama em meio a uma grande carga de produtos contrabandeados indica uma possível ligação com o crime organizado
Em mais um capítulo da luta contra o crime organizado, as autoridades brasileiras realizaram uma apreensão chocante na fronteira com a Bolívia. Escondidos entre alimentos e cigarros contrabandeados, 19 fetos de lhama foram encontrados em um ônibus clandestino, durante uma operação conjunta da Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal e Ministério da Agricultura.
Essa descoberta, ocorrida no Posto de Fiscalização Guaicurus, em Corumbá (MS), revela um lado sombrio do comércio ilegal e a exploração de crenças populares.
A apreensão dos fetos de lhama, cada um avaliado em R$ 500, evidencia um mercado clandestino lucrativo, alimentado pela crença em propriedades místicas atribuídas a esses animais. As lhamas são submetidas a abortos induzidos para que seus fetos sejam empalhados e comercializados para rituais religiosos.
Além do crime de tráfico de animais, essa prática causa danos irreparáveis ao meio ambiente e às comunidades indígenas que utilizam a lhama como animal de carga e fonte de alimento. A exploração de crenças populares para fins lucrativos também representa uma distorção de práticas culturais tradicionais.
A apreensão dos fetos de lhama em meio a uma grande carga de produtos contrabandeados indica uma possível ligação com o crime organizado. A facilidade com que esses materiais são transportados e comercializados sugere a existência de redes criminosas atuando na região.
A fronteira entre o Brasil e a Bolívia é extensa e porosa, o que dificulta a ação das autoridades. A constante adaptação das organizações criminosas exige um aprimoramento das técnicas de investigação e fiscalização.
Quarta apreensão
Considerado um amuleto da sorte e muito disputado no mercado boliviano, os fetos de lhama agora estão sendo procurados no Brasil. Entre maio e junho, três fiscalizações encontraram 200 fetos ao todo. Pela quantidade apreendida por aqui, esse misticismo começou a ficar famoso por aqui. –