Os quatro policiais civis presos por corrupção em operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), nessa segunda-feira (25), em Ponta Porã, pediram R$ 20 mil para liberar um caminhão às vítimas e depois, compraram carnes e cervejas.
Foi a partir deste caso que o grupo começou a ser investigado, sendo verificado também envolvimento deles com tráfico de drogas. Na ação deflagrada pelo Ministério Público Estadual (MP-MS), mais de R$ 100 mil foram apreendidos.
Os servidores estaduais passam por audiência de custódia em Campo Grande, nesta terça-feira (26).. Na audiência, a Justiça irá definir se eles ficam presos ou se serão soltos.
Em nota, a Polícia Civil disse que “está acompanhando a operação por intermédio da Corregedoria, que se fez presente durante a operação”.
Investigação
O caminhão em questão havia sido roubado no dia 5 de abril em Queimados (RJ), recuperado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Ponta Porã, no dia seguinte, sendo entregue na Segunda Delegacia de Polícia Civil para restituição pelos donos.
Enquanto o trâmite para liberação do veículo deveria seguir todas as regras legais, os policiais pediram um “agrado” para que o caminhão fosse restituído, caso contrário, não seria entregue. Durante a negociação houve momentos de desdém, por parte de um escrivão de polícia sobre valores, e negativas, ficando acordado o pagamento de R$ 5 mil.