O Governador Reinaldo Azambuja refuta qualquer tipo de uso da polícia do Estado em favor de interesses políticos. Reinaldo frisa que as recentes ações deflagradas nos municípios de Paranhos e Jaraguari – denominadas São Tomé e Meteoro – seguiram o rito normal e tem como foco investigar ações criminosas e atos de improbidade administrativa.
Segundo Reinaldo, as ações foram desencadeadas pela própria Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual (MPMS). “Não fazemos da polícia um instrumento de Governo, a polícia é um instrumento de Estado. E ela serve a todos. Havendo necessidade de investigação é preciso se aprofundar, ainda mais uma investigação que sinaliza desvio de recurso público”, disse, relembrando que já houve operações que investigaram candidaturas e gestões do PSDB – partido político do governador.
“O que precisa é apurar as denúncias e, se for o caso, punir os envolvidos dentro do que prevê a lei”, destacou.
O delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Marcelo Vargas, também falou sobre a operação da Deco. Ele esclareceu que todo o procedimento investigatório desenvolvido pela Polícia Civil ocorre de forma técnica e imparcial, independente de quem seja investigado (a). “Toda ação investigatória tem por objetivo buscar a verdade real dos fatos, visando servir e proteger à sociedade. A Polícia Civil nunca é movida por interesses políticos por parte de nenhum partido. Nós somos uma polícia de Estado e não de Governo”, destacou o delegado-geral.
Imparcialidade
Segundo a delegada titular da Deco e responsável pelas investigações, Ana Claudia Medina, o número de efetivo utilizado na ação foi de 44 policiais e oito delegados, que resultou no cumprimento de 20 mandados de busca e apreensão. “A utilização desse número de policiais foi necessário devido aos diversos locais, onde deveriam ser realizadas as buscas, que tinham que acontecer de forma coordenada e simultânea para que provas não fossem perdidas”, explicou Medina.
Medina revelou que a denúncia envolvendo o prefeito de Jaraguari chegou ao conhecimento da polícia em agosto de 2015. Logo depois, foram três meses de investigações, que em seguida foram encaminhadas para o Tribunal de Justiça do Estado, que autorizou a instauração do inquérito policial. “A informação era de que o prefeito e quatro vereadores, além de 15 empresários, atuavam em desvio de recursos envolvendo direcionamento de licitação, fraudes específicas e enriquecimento ilícito. Essa é uma investigação complexa que estamos desenvolvendo, pois envolvem empresas das mais diversas áreas, como alimentação, obras, assistência social e transporte escolar”, relatou a delegada.
Em menos de um mês essa é a segunda operação que investiga ações criminosas e atos de improbidade administrativa, deflagrada pela Deco. Para Ana Claudia Medina, isso demonstra a confiança que a população tem nas polícias técnicas e especializadas. “O nosso objetivo é combater o crime organizado e de lavagem de dinheiro, comprovando assim a nossa imparcialidade”, frisou Medina.
Operação São Tomé
A Operação São Tomé foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na cidade de Paranhos (MS). Para esta ação, o delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas, informa que a Instituição apenas desenvolveu o trabalho de apoio, e que todo o processo investigatório foi realizado pelo Gaeco, órgão ligado ao Ministério Público.
Outra questão destacada pelo Delegado-Geral também é a segurança na região de fronteira que foi intensificada, principalmente na cidade de Paranhos. No município, a Polícia Civil por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (DEFRON), tem realizado uma força tarefa em parceria com outras instituições policiais, atuando intensivamente para a diminuição da violência e o combate ao tráfico de drogas. (Assessoria)