Usuários do posto de saúde do Bairro Maria Aparecida Pedrossian relataram problemas para a marcação de consulta, após longas filas e aglomeração na manhã desta segunda-feira (2). O expediente na unidade começa às 8h, mas alguns pacientes disseram que chegaram às 4h para conseguir um lugar na fila e não conseguiram marcar os exames que precisavam.
Uma pessoa que estava na fila disse que ela se estendia por mais de duas quadras “isso para tentar marcar um exame, essa humilhação a gente tem de passar, pois ninguém que deveria zelar pelo serviço se preocupa de verdade”, relata.
Na semana passada mostramos aqui, a falta de sensibilidade claramente identificada na Unidade de Pronto Atendimento do Jardim Leblon. Em vídeo enviado á redação é possível ver o lugar, ao relento, um terreirão, sujo, chamado cinicamente de ‘Ala Pediátrica’.
Outro problema são os dos pacientes que tratam problemas de hipertensão e procuram farmácias em postos de saúde foram surpreendidos com a falta do medicamento de uso diário. Uma moradora chegou a ir em três unidades de Campo Grande, nesta segunda-feira.
Sem querer se identificar, uma paciente foi até UBSF (Unidade Básica da Família) Maria Aparecida Pedrossian Pedrossian, Tiradentes e Arnaldo Estevão. “Preciso tomar o Maleato de Enalapril 10 MG, Hidroclorotiazida 25 Mg, Losartana Potássica 50mg. Fui informada que não tinha na rede e sem previsão de quando vai ter”, reclama.
Outra paciente diz que a situação é recorrente. “É sempre assim, o médico me receitou dois medicamentos, precisei sair lá do Serradinho que é do lado de onde eu moro, pegar um ônibus e vim buscar aqui no Jardim Antártica. Ou não tem, ou só tem o que a gente precisa em outra unidade afastada”, conta a dona de casa Maíra Carvalho, que espera para ser atendida no CRS Guanandy.
A população de Campo Grande está há um bom tempo revoltada com a saúde pública. Sem encontrar remédios e com dificuldades para agendamento médico, os pacientes precisam se deslocar para diversas unidades de saúde em busca de um atendimento. Pior do que a doença é o descaso vivido pelos campo-grandenses.