Mato Grosso do Sul registrou em uma década queda de 8,8% nos assassinatos por arma de fogo. É o que revela os números do Mapa da Violência 2016 – Homicídios por Armas de Fogo no Brasil. O levantamento mostra queda de 16 posições, saindo da 7ª posição em 2004, para a 23º em 2014.
Em números, o decréscimo significa que de 387 assassinatos por arma de fogo a cada 100 mil habitantes ocorridos no início da década passada, em 2014 – último ano da pesquisa divulgada. O novo dado aponta que os registros caíram para 353.
Publicado pela primeira vez em 2005, o levantamento foi coordenado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, diretor de pesquisa da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).
Nesta edição, a equipe realizou estudos sobre a evolução dos homicídios por armas e fogo no Brasil entre 1980 e 2014, também analisando a incidência de vários fatores como sexo, cor e idade das vítimas. A fonte básica dos dados é o Subsistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS), cujos dados são divulgados anualmente desde 1979.
Outro ponto positivo divulgado pelo Mapa da Violência está relacionado a Campo Grande que registrou em 2004, 149 assassinatos por arma de fogo a cada 100 mil habitantes, contra 110 em 2014, o que representa uma queda de 26,2%.
Entre as 27 capitais, a cidade era a 18ª em número de assassinatos por arma, com 20,7 homicídios. Ela ficava atrás de Salvador (22,7) e Belém (22,6). Em 2014, Campo Grande caiu para a 24ª posição com 13,1 mortes.
A pesquisa também registra que o Estado tem o quinto menor índice de mortes por arma de fogo do Brasil, com 13,6 homicídios a cada 100 mil habitantes, ficando atrás somente de Santa Catarina (7,5), São Paulo (8,2), Roraima (9,5) e Tocantins (11,2). O estudo ainda revelou que dois terços das cidades mais violentas do país estão no Nordeste. Dos 150 municípios com as maiores taxas de homicídios por arma de fogo, 107 ficam na região. (Assessoria)