A declaração do ministro da Economia, Paulo Gedes, esta semana na cerimônia de abertura da 36ª Edição da APAS Show, defendendo a redução de encargos trabalhistas em favor dos empresários, recebeu duras críticas do movimento sindical de Mato Grosso do Sul e em diversos Estados.
“Há muito tempo, as medidas tomadas pelo governo, em nome de ajustes da economia, recaem sobre as costas dos trabalhadores. São eles e somente eles quem arcam com os pesados ônus das tentativas de melhoria da economia do país”, afirmou José Lucas da Silva, presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso – Feintramag.
José Lucas, que coordena também a Central dos Sindicatos do Brasil – CSB no Estado, foi mais longe, disse que a Reforma Trabalhista, que penalizou duramente a classe trabalhadora de todas as áreas, que tiveram direitos senão reduzidos, extintos, não trouxe nenhum benefício ao mercado de trabalho. Ou seja, o objetivo era gerar mais emprego e renda. O que não aconteceu.
Os benefícios da Reforma Trabalhista, o coordenador da CSB, foram direcionados apenas para a classe empresarial que tem auferido cada vez mais lucros sem repassar em maiores salários aos trabalhadores e muito menos no aumento de ofertas de emprego.
Além de tecer duras críticas à política econômica do atual governo federal, José Lucas da Silva disse que o momento é muito delicado no país. Ele conclamou os trabalhadores a refletirem bem nesse período atual, de campanha política em que deputados e senadores e inclusive o presidente da república poderão ser trocados. “Não podemos eleger ou reeleger pessoas que trabalham contra os interesses dos trabalhadores que são maioria em toda nação”, afirmou.
As centrais sindicais nacionais, CSB, CUT e Força Sindical, também criticaram o ministro Paulo Guedes por penalizar os trabalhadores brasileiros em favor dos empresários.