O diagnosticado é um homem, de 41 anos, e já está com as lesões cicatrizadas, que significa que não há mais risco de transmissão.
O primeiro caso de varíola dos macacos foi confirmado em Mato Grosso do Sul, nesta sexta-feira (15), pela secretaria estadual de Saúde (SES).
Conforme o comunicado enviado pela SES, o primeiro caso trata-se de um homem, de 41 anos, que é residente em Campo Grande. Segundo o laudo médico, o paciente apresentou febre, pequenos caroços e feridas pela pele e nos órgãos genitais.
A SES informou que os primeiros sintomas foram apresentados pelo homem em 29 de junho. O paciente tinha histórico de viagem para São Paulo.
A secretaria evidenciou que o diagnosticado não precisou de hospitalização e seguiu em isolamento domiciliar. Nesta sexta, a SES informou que as lesões ocasionadas pela varíola dos macacos já estão cicatrizadas e não possuem risco de transmissão.
“O exame foi realizado e confirmado pelo laboratório de referência localizado no estado do Rio de Janeiro. A Vigilância em Saúde do município e do Estado estão acompanhando o caso”, finalizou a nota da secretaria.
O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:
Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
Da mãe para o feto através da placenta;
Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.
Sintomas
Os principais sintomas da varíola dos macacos são:
Febre;
Dor de cabeça;
Dores musculares
Dores musculares;
Gânglios (linfonodos) inchados;
Calafrios;
Exaustão.
Geralmente, de um a três dias após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, que costuma começar no rosto e se espalha para diversas partes do corpo. As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
Como se proteger
O uso de máscaras, distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.
Isolamento
Pacientes com suspeita da doença devem ficar em isolamento, em um local com boa ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns, como banheiro e cozinha, fiquem com janelas abertas. Caso more com outras pessoas, deve-se usar a máscara cirúrgica bem ajustada e protegendo a boca e o nariz.
Além disso, é importante que o paciente lave as mãos várias vezes ao dia, preferencialmente com água e sabonete líquido. Se possível, deve usar toalhas de papel descartável para secá-las.
Quem estiver com suspeita também não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Os itens só podem ser reutilizados após higienização.