O juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior, marido da juíza Mônica Maria Andrade Figueiredo de Oliveira, disse que o possível suicídio da esposa foi um “momento de fraqueza”.
“Em algum momento de fraqueza ou coisa parecida, nessa noite, onze e meia da noite, ela já saiu de casa com as malas como se fosse já para o aeroporto viajar”, afirmou em áudio enviado para a TV Liberal, afiliada da TV Globo no Pará.
João Augusto encontrou o corpo da esposa na terça-feira, 17, com um ferimento causado por arma de fogo dentro do carro no estacionamento do prédio onde moravam, em Belém (PA). Ele mesmo levou o corpo de Mônica para uma delegacia. Em depoimento à Polícia, o juiz disse que a arma usada na morte é dele e ficava guardada no carro e contou que, antes de a esposa sair do apartamento, eles tiveram “uma pequena discussão acerca do relacionamento”. O motivo da briga não foi revelado.
À TV Liberal, o juiz contou o que teria acontecido: “Para minha surpresa, às seis e quarenta da manhã, quando eu desci, ela simplesmente estava no carro e tinha disparado o tiro nela mesma”.
“Eu me encaminhei com ela no carro, porque ela estava no carro, no lugar do passageiro, para a Divisão de Homicídios. Fui atendido pelo delegado e lá foi feito todo procedimento possível e imaginário: coleta de resto de combustão e exame de corpo de delito. Tudo que foi possível e imaginário, e o que possa ter sido feito está sendo feito”, explicou.
De acordo com João Augusto, as câmeras do prêdio vão confirmar a versão contada por ele. “Essa situação está confirmada pelas câmeras de vídeo do prédio, mas como o inquérito está em sigilo, por enquanto não se pode ter essa visão geral sobre o procedimento”, disse. O juiz afirmou ainda que “na verdade, isso é um lamentável incidente”.
Natural de Barra de Santana (PB), Mônica Andrade era juíza na cidade de Martins, no Rio Grande do Norte, mas ia a Belém com frequência para visitar o marido. Ela era casada com João Augusto desde julho de 2021.
Investigação
Em nota enviada ao Terra na terça-feira, 17, a Polícia Civil informou “que o caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios e que está adotando todas as medidas cabíveis para a elucidação do ocorrido”. A PC disse também que o caso já foi encaminhado à Justiça.
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