Willian Moraes dirigia carro, furou sinal e esposa morreu em colisão; polícia constatou sinais de embriaguez
O juiz Aluizio Pereira dos Santos decidiu converter em preventiva a prisão em flagrante de Willian Júnior Moraes Guimarães, de 25 anos, acusado de matar a esposa Ângela Maria Santos Vieira, de 27 anos, em colisão na Avenida Mato Grosso, em Campo Grande (MS). O réu dirigia o veículo Volkswagen Jetta e estava embriagado. Ele passou por audiência de custódia nesta manhã (16).
Conforme a decisão do juiz, embora o delito tenha sido classificado pela autoridade policial como culposo, a concessão de liberdade provisória a William Moraes “não é recomendável”. A defesa do motorista alegou que o motorista não apresenta risco de fuga nem ameaça testemunhas do processo. Porém, o juiz relembra a fatalidade ocorrida com Ângela e os ferimentos ocasionados em mais duas vítimas.
O juiz, ainda, negou a possibilidade de fiança para que William seja solto. Ele será encaminhado para penitenciária da Capital. O réu responde por pelos crimes de homicídio culposo na direção do veículo automotor e lesão corporal dolosa na direção de veículo automotor.
O acidente ocorreu por volta das 22 horas de domingo (14). Willian Junior Moraes Guimarães conduzia um Chevrolet Jetta pela Avenida Mato Grosso, quando, segundo boletim de ocorrência, no cruzamento com a Rua Dr. Paulo Machado, furou o sinal vermelho e bateu em um Chevrolet Tracker, conduzido por uma mulher.
Após o impacto, o Jetta invadiu o canteiro central, derrapou na pista e colidiu no muro de uma empresa. Willian recebeu atendimento, mas não precisou ser encaminhado a unidade de saúde. Ângela ocupava o banco dianteiro do passageiro, justamente o lado atingido pelo Tracker. Ela recebeu atendimento no local, mas não resistiu e morreu. O passageiro que ocupava o banco de trás sofreu ferimentos leves e foi socorrido.
Já o Tracker, após a colisão, girou sobre a pista e parou na Avenida Mato Grosso. A condutora teve um grave ferimento no braço e foi socorrida por familiares.
A jovem morreu no local do acidente. William Moraes e o outro passageiro do Jetta tiveram ferimentos leves, enquanto a motorista da Tracker foi encaminhada para hospital particular da Capital com fratura no antebraço esquerdo, bem como escoriações pelo corpo.
O Termo de Constatação de Alteração de Capacidade Psicomotora, elaborado na noite do domingo (14) pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS), informa que William Moraes estava com visíveis sinais de embriaguez, como olhos vermelhos, odor etílico, vestes desordenadas, sonolência, arrogância e dispersão.
O laudo também aponta que o motorista possuía falta de coordenação motora, fala alterada e dificuldade no equilíbrio. Quanto à memória, William Moraes lembrava do acidente e onde estava, porém estava disperso. Contudo, se recusou a realizar o teste do bafômetro.
No veículo Volkswagen Jetta em que estavam William, Ângela e mais um ocupante foram encontradas diversas garrafas de cerveja. Aos policiais que atenderam a ocorrência, o motorista contou que estava em conveniência da rua Antônio Maria Coelho e bebia desde às 17h30 do domingo. O acidente ocorreu por volta das 21h30.