O flagrante que resultou na condenação aconteceu durante a segunda fase da operação que investigou uma milícia armada protegida por policiais em MS
O presidente do TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul), Jerson Domingos, foi condenado a dois anos de reclusão por porte ilegal de arma. A sentença é consequência da apreensão feita por policiais do Garras (Delegacia Especializada Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) durante as ações da Operação Omertà, em 2020.
O flagrante que resultou na condenação aconteceu durante a segunda fase da operação que investigou uma milícia armada protegida por policiais em Mato Grosso do Sul.
Durante o cumprimento de mandado busca e apreensão contra Domingos, os policiais encontraram uma arma no apartamento dele. Ele foi levado para o Garras naquele mesmo dia, mas foi liberado horas depois.
Agora, três anos depois, o conselheiro da Corte de Contas foi condenado pelo crime:
Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
A pena foi definida em 2 anos de reclusão no regime aberto.
Investigado pela Omertà
Três meses depois da prisão por porte de arma, Jerson Domingos voltou a ser alvo da Omertà. Na época chegou a ser preso e enviado ao Centro de Triagem, mas foi liberado depois de 24 horas.
Jerson é irmão de Tereza Name, ou seja, cunhado de Jamil Name e tio de Jamil Name Filho, os dois principais alvos da operação, considerados pela justiça os líderes da organização criminosa e mandantes de uma série de assassinatos em Campo Grande.