Matheus Coutinho Xavier foi executado aos 19 anos, por engano, pela milícia comandada por Jamil Name e o filho
A Justiça marcou para o dia 15 de fevereiro de 2023 o júri pela morte de Matheus Coutinho Xavier, de 20 anos, estudante de Direito assassinado por engano em abril de 2019, em Campo Grande. Esse é um dos crimes investigados na operação Omertà, deflagrada contra milícias armadas, há 3 anos.
O processo estava simplesmente parado havia um ano, apesar de os recursos das defesas já terem tramitado no STJ (Superior Tribunal de Justiça), confirmando a decisão do juiz Aluizio Pereira dos Santos, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri.
Até a decisão desta terça-feira (8) agendando a data do julgamento, o despacho anterior era de 13 de outubro de 2021, quando o magistrado pedia a devolução dos autos para marcar a sessão do júri, sem ter resposta.
Não houve explicação sobre porque o processo não estava ainda com o juiz de primeiro grau.
São réus na ação penal Jamil Name Filho, o “Jamilzinho”, como mandante do crime de pistolagem, o ex-guarda civil Marcelo Rios, e o o policial Vladenilson Olmedo. Os dois agentes de segurança teriam, conforme a acusação, intermediado a contratação de assassinos de aluguel.
Esse caso também tinha como acusado Jamil Name, que morreu na cadeia, em maio de 2020, vítima da covid-19. Pai de “Jamilzinho”, ele também era apontado como mandante da morte.
O alvo verdadeiro, de acordo com as investigações, era o pai de Matheus Coutinho, Paulo Roberto Teixeira Xavier, ex-capitão da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, considerado desafeto da família Name.