A direção da Fundação de Serviços de Saúde de Dourados (Funsaud), que administra o Hospital da Vida onde Andressa Souza, de 20 anos, morreu no último sábado, disse que não é possível afirmar que a morte da jovem tenha referência com a colocação do piercing.
Andressa foi atendida pelas equipes de neurocirurgia e infectologia da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital e chegou a ficar internada por 24 dias.
Durante esse período, ela foi submetida a uma cirurgia para “drenagem de abscesso cerebral” e recebeu cuidados intensivos. Segundo a nota da Funsaud, a morte foi confirmada com o diagnóstico de “choque séptico e encefalite” — infecção generalizada, que atingiu o cérebro.
O texto diz ainda que a jovem chegou ao hospital com histórico de crise convulsiva e suspeita de comprometimento neurológico grave. “ A paciente foi encaminhada para o Hospital da Vida, unidade de referência em neurologia, pelo município de Itaporã/MS, no dia 14 de junho de 2022, com histórico de crise convulsiva e suspeita de comprometimento neurológico grave”.
Ao Globo , a mãe da jovem, Maria Aparecida da Silva Oliveira, de 47 anos disse que a filha colocou o piercing há dois meses e ficou com a boca inflamada antes da internação.
“Foram feitos vários exames e aí o médico descobriu, segundo o que eles passaram para o meu genro, que teria sido por causa do piercing que ela estava usando. Ela teve uma infecção por causa do piercing. Essa infecção foi parar na corrente sanguínea e da rede sanguínea ela se alojou no cérebro. E afetou 37% do cérebro dela”, disse.
Segundo o hospital, “não é possível afirmar que a evolução do quadro clínico da paciente até seu óbito tenha referência com a colocação do piercing”.