O Ministério Público do Paraguai, ofereceu denúncia formal nesta quinta-feira, dia 18 de janeiro, contra Ángel Vera Benítez, 32 anos, apontado como líder da quadrilha, que no dia 11 de janeiro invadiu uma fazenda e matou seis homens no distrito de Cerro Corá, , em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul.
A promotora de Justiça Reinalda Palacios também pediu a prisão preventiva do suspeito, capturado terça-feira (16) no Assentamento Romero Cué, nos arredores de Pedro Juan Caballero. O irmão dele, Arnaldo Vera Benítez, 20 anos, e a mulher de Ángel, Luisa Escobar Villalba, 28 anos, foram ouvidos e liberados, por não terem participação na chacina.
Segundo o site Campo Grande News, Ángel Benítez foi denunciado por múltiplo homicídio doloso, transgressão à lei de armas, por roubo de armas que estavam na fazenda e por usurpação de função pública. Os matadores chegaram à propriedade usando uniformes camuflados e se passando por agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas).
Os pistoleiros invadiram a fazenda localizada na Colônia Piky, dominaram os seis trabalhadores, fizeram todos deitarem enfileirados e os executaram com tiros na cabeça. Depois, deixaram a propriedade levando seis escopetas, um rifle, um fuzil, três pistolas 9 milímetros e uma caminhonete Toyota Hilux, abandonada no Parque Nacional Cerro Corá, a 18 km do local dos crimes.
O chefe do Departamento Anti sequestro da Polícia Nacional, comissário Nimio Cardozo, disse que a investigação segue de três a quatro hipóteses para a chacina, sem revelar detalhes. A imprensa paraguaia informou que entre as suspeitas estão “queima de arquivo” e roubo de um carregamento de drogas e de dinheiro da fazenda, destinada à criação de gado.