Cerimônia será aberta ao público das 11h às 16h nesta quinta-feira (16). A dama do rasqueado morreu de insuficiência respiratória, dormindo em casa
O corpo de Delinha, que morreu aos 85 anos nesta quinta-feira (16), será velado na Câmara Municipal Municipal de Campo Grande das 11h às 16h. A cerimônia será aberta ao público.
Em seguida, o corpo será translado para o Cemitério Jardim da Paz, na saída para Sidrolândia. O sepultamento começará às 17h.
A informação da morte foi dada pelo filho da cantora. “Recebi a informação ainda cedo, estava trabalhando e me informaram sobre a morte da minha mãe”, disse o filho da cantora, João Paulo Pompeu.
Delinha era mais que símbolo da música sertaneja de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, era a “Dama do Rasqueado”.
A cantora é um dos ícones da música sertaneja sul-mato-grosense, tinha mais de 60 anos de carreira e conquistou o sucesso nacional ao lado do marido, Délio José Pompeu, com quem formou a dupla Délio e Delinha por décadas.
Trajetória
Delinha chegou em Campo Grande quando ainda tinha 8 anos. Veio junto dos pais e se mudou para uma casa de madeira, no bairro Amambaí, mesmo local onde morreu nesta quinta-feira (16).
Entre os títulos, a cantora carregava vários: a de “dama do rasqueado”; “rainha do sertanejo”; e embaixadora da cultura de Mato Grosso do Sul.
Em mais de 60 anos de dedicação a música, Delinha gravou 19 álbuns e 2 DVDs. A discografia conta com 39 discos, entre LP’s e CD’s. Conforme os dados, esta é a maior discografia registrada no estado.
Boa parte da carreira, iniciada no fim da década de 50, foi construída em parceria com o ex-marido Délio.
O sucesso de Délio&Delinha compondo e cantando as belezas, amores e costumes do estado foi tanto que chegaram a ficar conhecidos como o “Casal de Onças de Mato Grosso” (na época Mato Grosso do Sul ainda não havia sido criado).
O casal e a dupla se separaram nos anos 70, mas na década seguinte voltaram a cantar juntos. Ela também se apresentou em parceria com Jairo. O ex-parceiro e ex-marido Délio faleceu em 2010.
Délio e Delinha também ficaram conhecidos pelo rasqueado “Prenda querida” e a guarânia “Meu cigarro”, de 1960. No mesmo ano, gravaram entre outras composições, o rasqueado “Querendo você”, em parceria com Biguá, radialista e compositor. O casal foi pioneiro gravando suas obras em São Paulo.