Seleção venceu por 3 sets a zero, com aproveitamento máximo
A seleção feminina se impôs desde o primeiro momento da partida, mas tomou sustos, sobretudo no segundo set, quando teve cinco match points para fechar e deixou as polonesas empatarem. Mas o time conseguiu controlar os nervos e fechou a parcial em 38 a 36 para marcar o set mais longo da competição até aqui.
As duas equipes já estavam com vagas garantidas nas quartas de final dos Jogos, mas estava em jogo a primeira colocação do grupo B. Além disso, assim como aconteceu contra o Japão, as brasileiras estavam engasgadas com as polonesas, uma vez que perderam a decisão da medalha de bronze para as adversárias na Liga das Nações deste ano. A partida, então, ganhou cara de “final” e foi uma prévia do que virá pela frente para o Brasil na fase eliminatória e decisiva dos Jogos Olímpicos.
O Brasil entrou em quadra com Roberta, Rosamaria, Thaísa, Carol, Gabi, Ana Cristina e Nyeme (líbero). A novidade na escalação do técnico José Roberto Guimarães foi a incorporação de Natinha ao elenco. Ela estava como atleta reserva, mas foi acionada na vaga de Lorenne, que se recupera de uma lesão na panturrilha direita.
“Não se leva a nada (da primeira fase). Agora zerou. Eu tenho duas experiências Olímpicas. Uma que a gente perdeu nas quartas de final e uma que a gente passou ali contra a Rússia, um jogo dificílimo. É isso que eu tenho na minha memória. Independente do que aconteceu agora na fase de classificação, pezinho no chão, começou tudo do zero, foca agora no República Dominicana. A gente tem apenas um dia pra se preparar”, disse Gabi, capitã da seleção.
O confronto deste domingo começou com as duas equipes já apresentando um volume de jogo intenso desde os primeiros pontos. Com boas defesas de ambos os lados, o placar ficou apertado até meados da parcial, quando Ana Cristina foi para o saque e emendou uma sequência forte. As brasileiras colocaram em prática a eficiência no sistema bloqueio-defesa, aproveitaram os contra-ataques e conseguiram vantagem de quatro pontos (17 a 13). Após uma reação do time polonês, Zé Roberto aproveitou para acionar Natinha para melhorar o passe e fez a inversão no 5 e 1 com Macris e Tainara. A seleção segurou a vantagem e fechou o set em 25 a 21.
No segundo set, o Brasil voltou ainda mais agressivo no saque para pressionar a linha de passe polonesa. Roberta distribuía bem as jogadas e acionava praticamente todas as jogadoras ofensivas na virada de bola e, com isso, a seleção conseguiu ir se distanciando pouco a pouco no placar. As polonesas encostaram (12 a 11) e Zé pediu tempo para as brasileiras se reorganizarem e voltarem a dominar o jogo. O time ampliou a vantagem, chegou a ter cinco match points, mas a Polônia empatou (24 a 24). A partir daí, as duas equipes se alternaram no marcador e tiveram oportunidades de set points, até que o Brasil controlou os nervos, foi mais efetivo e fechou a incrível parcial em 38 a 36 em um ataque de Gabi.
Depois do susto no set anterior, as brasileiras voltaram ainda mais atentas e logo impuseram novamente seu ritmo de jogo para abrir 6 a 2 no marcador. Dessa vez a seleção não deu brechas para as adversárias, empilharam pontos de contra-ataques e de bloqueios, sobretudo com Carol, e abriram a maior distância entre as equipes na partida: 9 pontos (19 a 10). O Brasil pisou no acelerador e fechou o último set em 25 a 14 para sacramentar a vitória em 3 sets a 0.
“‘Bora’ descansar, ‘bora’ trabalhar, estudar o máximo possível, respeito total com a República Dominicana. Elas vão vir sem responsabilidade, vão vir com tudo, é um time que gosta do jogo”, afirmou Gabi. “Não tem favorito agora. Esse top 8, agora, tudo pode acontecer. Então cabeça no lugar, como disse, descansar e preparar bem”.
Com informações do Comitê Olimpíco do Brasil (COB)