Lideranças mundias se reúnem em Davos, nos alpes suíços, após um hiato devido à pandemia para debater, além da guerra, temas como mudanças climáticas e coronavírus. Zelenski fará discurso na abertura, na segunda-feira (23). Brasil participará com Paulo Guedes.
Após dois anos de interrupção devido à pandemia da Covid-19, começou neste domingo (22) a 51ª edição presencial do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, em um momento de incerteza em razão da guerra na Ucrânia e de suas consequências nos âmbitos geopolíticos, financeiro e alimentar.
A última reunião do Fórum de Davos aconteceu em janeiro de 2020, em um contexto muito diferente, quando foram comemorados os 50 anos do encontro. Na época, a pandemia ainda não havia sido declarada e a Europa não estava em guerra.
Por essa razão, segundo os organizadores, a edição deste ano, que segue até quinta-feira (26), será a mais oportuna desde a sua criação, devido aos problemas sem precedentes que o mundo enfrenta. A Rússia foi banida do evento após invadir a Ucrânia. Desta forma, pela primeira vez desde o fim da era soviética, não participará do encontro.
Por outro lado, a Ucrânia deve ser o centro das atenções. O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, fará o discurso de abertura por teleconferência, e uma delegação oficial do país estará presente em Davos, liderada pelo ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba.
Os ucranianos terão a chance de debater a reconstrução do país, calculada, apenas com o custo de infraestruturas destruídas, em mais de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 19 bilhões).
“Em Davos, faremos tudo o que é possível pela Ucrânia e para apoiar sua recuperação”, garantiu o fundador e diretor do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab.
Ao longo de cinco décadas, o Fórum de Davos se firmou como a plataforma internacional mais importante, com participação de líderes políticos e econômicos, diretores das companhias mais poderosas do mundo e cada vez mais representantes da sociedade civil, convidados para falar pelos cidadãos comuns.
A 51ª edição contará com 2,5 mil participantes, entre eles cerca de 50 chefes de Estado e de governo. O Brasil estará representado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.