

Alexander Granko, de apenas 16 anos, foi titular em Corinthians 3×2 Universidad Central, jogo da 2ª fase da Libertadores ocorrido nesta quarta-feira (26). O meia-atacante, inclusive, já havia atuado entre os 11 iniciais no duelo de ida entre as equipes.
A presença de Granko, de 1,62m, chamou a atenção de torcedores, que brincaram nas redes sociais com a aparição de “uma criança em campo” na Neo Química Arena. O venezuelano ficou no gramado por 45 minutos e foi substituído por Samuel Sosa na volta para a 2ª etapa.
Ele já acumula nove jogos como profissional. O venezuelano fez sua estreia no time principal da Universidad em setembro de 2024 e, um mês depois, deu assistência no empate do time contra o Puerto Cabello.
Na atual temporada, Granko foi titular cinco vezes e saiu do banco em outras duas oportunidades. Até o momento, ele nunca atuou os 90 minutos de um jogo.
FILHO DO PRESIDENTE
“É uma bonita relação [que tenho com meu pai], mas eu tenho que ganhar as minhas coisas. É treinar igual a todos. [Sou escalado] porque o professor me dá confiança”, Alexander Granko.
Ele é filho do militar Granko Arteaga Alexander, presidente da Universidad. O pai do jogador comanda a DAE (Divisão de Assuntos Especiais), órgão ligado à Direção-Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM) do regime do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
O militar, inclusive, é acusado de tortura por diferentes ativistas. Ele, segundo as denúncias, usa o órgão para reprimir opositores políticos da atual gestão.
O distintivo da DAE, inclusive, chegou a ser estampado na camisa da Universidad no jogo de ida contra o Corinthians. No embate de volta, no entanto, o emblema foi tapado.
“A Conmebol se manchou de sangue. Não existem gols suficientes para encobrir os crimes contra a humanidade cometidos na Venezuela. A UCV [Universidad Central de Venezuela] carrega este selo no peito […] para mostrar de frente a institucionalização da tortura na Venezuela”, Grupo Realidad Helicoide.