Projeto em São Gabriel do Oeste atrai crianças e adolescentes, motiva famílias e abre oportunidades
Maria Íris Myiahira Moraes tem 09 anos de idade. Faz o 4º Ano do Ensino Fundamental na Escola Municipal Pingo de Gente, em São Gabriel do Oeste. Ainda recém-nascida, foi diagnosticada com púrpura, que ocorre quando os vasos sanguíneos abaixo da pele se inflamam, geram acúmulo de sangue e formam manchas. As causas são diversas e variam conforme o tipo. É uma doença delicada, mas tem cura, com tratamento correto.
De qualquer forma, com o apoio incansável dos pais e numa luta admirável – até em função de sua idade -, Maria Íris cresce e abre os seus espaços nos diversos ambientes de normalidade. Estudiosa, encontrou no esporte uma motivação arrebatadora. Foi matriculada para aprender Jiu Jitsu na Academia SL, dirigida pelo professor Sílvio Santos, que entre outras iniciativas desenvolve o Projeto Social “Diga Não às Drogas”.
DESEMPENHO
Em pouco tempo de aprendizado, a menina é um dos destaques nas competições em sua categoria (até 55 kg). E já começou a colecionar medalhas. A primeira foi de prata, em maio, na Copa Extremo Norte de Jiu-Jitsu, que reuniu em São Gabriel do Oeste 310 atletas representando 45 agremiações de Mato Grosso do Sul (Ponta Porã, Corumbá, Chapadão do Sul, Camapuã, Campo Grande, Sonora, Coxim, Rio Verde) e Mato Grosso (Rondonópolis).
Agora, mais uma medalha, de bronze, resultado de sua participação no Campeonato Estadual União Pantaneira, realizado no sábado (20), no Círculo Militar, em Campo Grande. Sob a liderança do professor Sílvio Santos, os atletas são-gabrielenses fizeram bonito, com vários lugares no pódium e desempenhos sensacionais. Eder Carlos Moraes e Raquel, pais de Maria Íris, e seus irmãos Julyana, Pablo e Larissa, vibram com a força, o talento e o espírito esportivo desta criança lutadora e vencedora, não só nos tablados de jiu-jitsu, mas principalmente nas arenas da vida.
A família de Maria Íris destaca a importância e o alcance do esporte e do sistema de aprendizagem na Academia SL. “É fundamental o papel de um professor que, ao mesmo tempo, atua como orientador e conselheiro, tendo como conceito a função inclusiva do esporte. Inclusiva e de respeito às diferenças, de valorização do próximo, de disciplina para enfrentar os desafios que a vida oferece. É assim o projeto social da academia”, afirma Eder Carlos.