Com uma grande carreira na vida pública e na educação, o professor João Batista Rocha é formado em Educação Física pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Já ocupou cargos na Secretaria Municipal de Esporte (Funesp) e foi secretário de Estado de Esporte (FUNDESPORTE). No Judô atravessou todas as fases. Foi atleta, professor, técnico, dirigente, além de ter exercido a função de vice-presidente na Confederação Brasileira de Judô (CBJ). Foi eleito vereador de Campo Grande pelo PSDB pela primeira vez em 2008, sendo reeleito em 2012, 2016 e em 2020. Presidiu a Câmara de Vereadores por cinco anos e, com humildade, disse que foi escolhido para liderar outros 28 líderes. Com a proximidade das eleições deste ano e vislumbrando ampliar as suas ações, ele se desfiliou do PSDB para entrar no PP, a convite da ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina. Em visita ao JORNAL FOLHA DE CAMPO GRANDE, afirmou que é pré-candidato a deputado federal e que se sente preparado para discutir os assuntos em Brasília. João Rocha acredita muito em projeto, mas reforça que tem que ser de um grupo que visa o bem da população de nosso estado. Caso consiga se eleger, não tem dúvidas que trabalhará para o bem da população do país.
JOÃO ROCHA – Primeiro, eu penso que qualquer tarefa que você se propõe a desempenhar, precisa se capacitar para fazer bem feito. Foi assim na minha vida pessoal, profissional e política. Eu entendo que estou em um bom momento político e na vida também, maduro, aprendendo, mais preparado. Hoje eu possuo conhecimento, uma musculatura e entendo que posso desempenhar um bom trabalho em Brasília. Vivo de legado. Tenho feito um bom trabalho como vereador e na condição de deputado federal vou conseguir fazer mais. Quero aglutinar em pessoas e abraçar bons projetos para a totalidade do país.
FCG – Depois de muitos anos o senhor trocou o PSDB pelo PP? Por quê?
JR – A saída foi harmônica. Tenho um vínculo muito forte com o governador Reinaldo Azambuja e com Eduardo Riedel, que é, inclusive, uma ótima escolha para disputar o governo, uma pessoa extremamente inteligente, preparada, humana, capaz e com uma força enorme de trabalho. Continuo tendo boa relação com os tucanos. Agora no PP, com Tereza Cristina, me sinto em casa também. A pré-candidata ao Senado é uma pessoa extremamente preparada, respeitada no Brasil inteiro e fora do país.
FCG – E a chapa de federal do PP? Como o senhor avalia?
JR – A chapa tem condições de fazer pelo menos um, é bem competitiva. São seis homens e três mulheres. Temos eu, o João Rezende, Pedro Chaves, Walter Carneiro Júnior, Luiz Ovando, Márcio Araguaia, ex vice-prefeito de Naviraí, Sirlei Ratier… Tem a tenente-coronel Érica e Luciana Azambuja. Uma chapa bem homogênea. Entro para disputar. Acredito que eu consiga sair de Campo Grande com 30 mil votos e 20, 25 mil no interior. Tenho essa meta. É lógico que o que vale é o voto nas urnas, mas nós precisamos definir metas, ninguém vive sem. Estou confiante, mesmo porque a nossa chapa não tem apenas cabeça, tem um corpo muito bom.
FCG – O senhor acha que a experiência de vida no esporte pode te ajudar nesta campanha?
JR – Já tem ajudado. Não tem nenhuma cidade de MS que eu não encontre um amigo, se precisar de guarida, tenho. Estive recentemente em 10 cidades e o nosso planejamento era de passar duas horas em cada cidade, mas a receptividade foi tão boa que na maioria dos locais ficamos o dia inteiro, mantendo encontros, fazendo reuniões. Está sendo muito produtivo. Em pelo menos 50 cidades tem ex-alunos e gente ligada ao Judô e ao esporte em geral, e essas pessoas me reconhecem, tenho uma vida dedicada a isso e espero seguir nesta caminhada da mesma forma.
FCG – Como profissional na área da educação, como o senhor pretende contribuir para o desenvolvimento de MS nesse sentido?
JR – Sou da área de Humanas, ligado ao esporte, arte, cultura e, por fim, ao desenvolvimento econômico. A sociedade mudou. Hoje vejo as pessoas mais informadas, com o celular na mão. Nós também temos que nos atualizar, tecnologia nos trouxe novas demandas, mas aquele que tem raiz, tem formação, vai saber extrair o melhor e servir as pessoas e eu entrei na política para isso. Sempre me dediquei ao máximo, com planejamento e estratégia, o preparado hoje é o que vai trazer resultado no futuro. Traço um paralelo com a vida de atleta, treino bastante para quando chegar a competição estar preparado. Na política, nesta pré-campanha, é igual. Tenho que ter estratégia para chegar no dia da eleição e poder disputar a vaga.
FCG – Mesmo deixando o ninho tucano, o senhor elogia o espírito municipalista do governo do estado…
JR – Mesmo fora do PSDB tenho mantido o mesmo contato e amizade. Admiro muito o governador, um homem extremamente preparado, com uma visão muito clara de administrar. Teve no início de seu governo que tomar medidas amargas, mas esse remédio ruim, na dose certa, trouxe resultados. Hoje Mato Grosso do Sul é um canteiro de obras e o Riedel tem parcela importante nesse momento que o Estado vive. Ele foi o grande parceiro do governador nessa empreitada. Reinaldo Azambuja preparou o MS sem politicagem, passou pela pandemia com autoridade, isso é fruto de planejamento.
FCG – Como o senhor avalia a administração municipal?
JR – É preciso separar para não ser leviano. A prefeita Adriane Lopes está agora se assentando, conhecendo a fundo a prefeitura. Nessa gestão, as coisa boas e ruins ainda são de responsabilidade de Marquinhos Trad. Acho que em algum momento ele se perdeu e deixou muitas obras e ações inacabadas. Depois da reeleição parece que ele já pensava nesta próxima eleição e isso pode ter atrapalhado. Ele estava pensando no ponto futuro, que é uma sequência do agora. Se não fizer bem no presente, não vai colher coisas boas no futuro.
FCG – Suas considerações finais…
JR – Tenho orgulho na minha vida e carreira política. Na Câmara participei ativamente da elaboração do Plano Diretor de Campo Grande e, como na vida da gente, precisamos ter equilíbrio. Porém, não podemos travar o desenvolvimento, tem que perder um pouco para ganhar muito. Antes destruíam o meio ambiente, hoje não. A responsabilidade pede um planejamento bem feito, de modernidade com cuidado ambiental. Me sinto um garoto, pronto para competição, emocionado e com vontade de cortar esse Estado e cumprir essa caminhada. Respeitando o contraditório, mas com um grupo que apoia a gente, acredito que esse projeto possa ser exitoso.