Por causa do pai, que era mestre de obras, Paulo Corrêa visitava canteiros de obra desde pequeno. Sempre bem de perto, desde a fundação até o acabamento, despertou-lhe um grande interesse pela construção civil. Ele não teve dificuldade para escolher o que queria para sua vida profissional porque tomou gosto pela profissão desde cedo. Todos devem conhecer o texto de Steve Jobs que diz: “Você não pode ligar os pontos olhando para a frente. Você só pode fazer isso olhando para trás. Então, você tem que confiar que os pontos irão se conectar de alguma forma no futuro. Você tem que confiar em algo – seu instinto, destino, vida, seja o que for”. Esse modo de encarar as coisas nunca deixou o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul na mão e fez toda a diferença na sua vida. Cumprindo seu 7º mandato na Casa, faz questão de destacar que segue aprendendo a cada dia. Como bom síndico, ouve todos os colegas na administração do prédio do poder legislativo e nesta entrevista lembra que a partir de agora, passados dois anos da epidemia de Covid-19, não tem mais desculpa para as sessões não serem presenciais. Contudo, lembra que a tecnologia fica para sempre como legado para alguma excepcionalidade.
FOLHA DE CAMPO GRANDE – Qual o critério a ser adotado neste ano de eleição para que os trabalhos legislativos não sejam prejudicados?
PAULO CORRÊA – Primeiro que a partir do dia 3 de maio as sessões serão feitas mistas, contudo, presenciais. Nós vamos fazer presencial, com pequeno expediente e grande expediente. Aprendemos a usar o zoom. Mesmo que, por qualquer motivo, um parlamentar não esteja na Casa, pode votar pelo zoom. Hoje já não tem mais desculpa para não participar da sessão. E essa tecnologia veio para ficar para sempre. Recentemente um deputado estava em outro Estado quando começou a sessão. Ele entrou pela Internet e participou, debateu e votou. Mesmo assim, vamos trabalhar para as sessões serem todas presenciais.
FCG – O senhor demonstrou preocupação com os municípios de MS que ficam na rota Bioceânica…
PC – A Rota Biocêanica está trazendo um super desenvolvimento para a região, e tem de ser acompanhada pelas forças de segurança pública. Lá é fronteira, separada apenas por um rio. Então, temos que trabalhar para que os efetivos da Polícia Militar, Civil, Bombeiros e a Polícia Militar Ambiental, de suma importância naquela região, acompanhem o crescimento da localidade. Temos que garantir a segurança das pessoas e do nosso país.
FCG – Sobre o apoio que a Assembleia Legislativa leva aos municípios, quais projetos o senhor destaca?
PC – Destaco que no municipalismo ouvir as pessoas é básico. Dentre os projetos que nós aprovamos está o que criou uma comissão para o repasse de 25% de ICMS para os municípios. Na hora da divisão dos estudos dos índices, a secretária de Fazenda do Estado faz os cálculos, presta contas a esta comissão e os recursos são depositados automaticamente. Segundo ponto é que fazemos isso ouvindo as pessoas. O governador Reinaldo Azambuja criou isso. Cito como exemplo o município de Japorã. Quais são os projetos principais para esta cidade? Define-se os três com a população, vereadores e prefeitura. Como o governo atende os polos regionais, num pacote só ele define suas ações para 7, 8 municípios. O foco são rodovias, principalmente as estaduais. Fazer perenização de pontes. Custa mais caro fazer ponte de concreto, sim, mas o desenvolvimento exige estas obras. Esse é o municipalismo legítimo, não de cima para baixo. Os municípios que decidem e o governo executa.
FCG – A sintonia entre Executivo Estadual e Assembleia foi fundamental para o MS se tornar o Estado que mais cresce no Brasil?
PC – Com certeza! E a filosofia do governo Reinaldo e do ex-secretário Eduardo Riedel foi peça fundamental nessa execução. Se o município cresce, o Estado cresce. Foi uma aposta diferenciada, nunca havia sido feita por nenhum outro governador. Vamos fazer crescer o município, cresce a arrecadação, cresce renda, cresce o emprego e cresce a qualidade de vida do povo de Mato Grosso do Sul.
FCG – O senhor parte para disputar o oitavo mandato. O que falta realizar?
PC – Muita coisa a realizar. Aprendi muito na presidência da Casa, com apoio dos colegas parlamentares. Presidir o legislativo é administrar o funcionamento da Casa. A gente brinca que eu sou o síndico e o deputado Zé Teixeira é o vice-síndico do prédio. Segui a linha de democratizar todas as decisões. Temos a participação de todos. Acredito que: Poder Legislativo forte, Mato Grosso do Sul forte.
FCG – Qual a avaliação que o presidente da Assembleia faz do governo Reinaldo Azambuja?
PC – Em cada município, o governador Reinaldo Azambuja sentou e conversou com os moradores, prefeitos, vices e vereadores para selecionar as prioridades de cada cidade, sempre com o foco no desenvolvimento de cada uma. Mesmo em meio às dificuldades, lançamos obras e continuamos fazendo os investimentos necessários nestes últimos sete anos.
FCG – A eleição deste ano para governador deve ser a mais disputada da história. Como o senhor avalia o cenário?
PC – Com respeito a todos os candidatos, temos o Eduardo Riedel, que foi o gestor do projeto do Governo Reinaldo. Primeiro na secretaria de Governo, depois na infraestrutura. Ele está preparado, vai colocar as suas propostas. Riedel vai dar sequência ao municipalismo, continuar essa priorização que efetivamente acontece em cada cidade e não em delírios mirabolantes. Essa continuidade das ações do governo será a meta de Riedel.
FCG – O PSDB está coeso em torno da candidatura de Riedel?
PC – O trabalho é constante e o nome do Eduardo Riedel está se consolidando cada vez mais, tanto na Capital quanto no interior do Estado. Credito à atuação de prefeitos, vereadores, lideranças políticas e ao próprio eleitor o crescimento do pré-candidato do PSDB nas pesquisas eleitorais. Não temos dúvida de que a população apoia a gestão do governador Reinaldo Azambuja, por conta de tudo o que vem sendo feito, e que quer a continuidade do modelo de gestão do qual fazemos parte. E quem nos representa na disputa pelo Governo é Eduardo Riedel.