Epaminondas Vicente Silva Neto possui 35 anos, tendo assumido pela primeira vez a função de vereador aos 30 anos, em 2017. Com formação superior em Gestão Pública, o político já havia trabalhado em órgãos trabalhistas. Ele está entre o seleto grupo de 12 vereadores que conquistaram a reeleição na capital sul-mato-grossense em 2020. As atividades de maior destaque se referem às políticas públicas de emprego, com as quais o político trabalhou quando esteve à frente da Fundação do Trabalho do Mato Grosso do Sul, a Funtrab. Papy, como é conhecido política e socialmente, é Presidente Estadual do Solidariedade e volta ao exercício do cargo de maneira consecutiva. Com isso, poderá dar continuidade aos seus projetos perante a população. Dentre eles, destacam-se os que resguardam os direitos do consumidor campo-grandense. Como dirigente partidário, é o mais jovem do Brasil. Nesta entrevista à Folha de Campo Grande, além de falar sobre seus projetos, o vereador que se autodenomina “ambicioso”, diz querer discutir profundamente os aspectos políticos. Casado e com três filhos, ele reitera que sua atividade parlamentar, além de fiscalizar o Executivo Municipal, é encontrar meios de ajudar as pessoas, principalmente as mais necessitadas.
FOLHA DE CAMPO GRANDE – Dos seus projetos, qual teve maior repercussão em Campo Grande?
PAPY – Como presidente da Comissão de Direitos Humanos, a qual ocupei até o fim de 2020, fui o responsável pela revisão da Lei de Contribuição para Custeio da Iluminação Pública. Não havia proteção ao consumidor nessa norma, o que levava ao pagamento duplo de taxas. Também fizemos uma Audiência Pública para discutir os órfãos dos crimes de feminicídio. A mãe é morta e o pai vai preso. E as crianças? Temos que desenvolver políticas com Assistência Social e Psicológica de forma que possamos cuidar desta situação sem aumentar o estrago causado nestas crianças.
PAPY – Apesar de não ser da base política da Adriane Lopes e do ex-prefeito Marcos Trad, meus pleitos em geral são atendidos. Isso se deve, principalmente, porque eu tenho uma equipe muito qualificada. Isso se reflete quando vemos que eu sou o vereador com mais projetos aprovados e também com o menor número de vetos.
FCG – Não ser da base normalmente traz prejuízos ao vereador. Como o senhor resolveu essa questão?
PAPY – Com Marquinhos, sempre que sentei pra discutir projetos ele me ouviu e me atendeu, acho eu que na mesma medida que atendeu os parlamentares da base aliada. Quando as propostas visam melhorar as vida dos campo-grandenses é muito difícil receber um “não” como resposta. Com Adriane não tenho problemas, meu mandato é pautado em atender as necessidades da população, acho que na política é o principal.
FCG – O bairro Jardim Itamaracá terá um corredor gastronômico por lei de sua autoria…
PAPY – Sim. Atendi pedido dos comerciantes da principal via do bairro. Corredor gastronômico não se resume apenas à reunião de bares e restaurantes. Pode-se encontrar também uma variedade de estabelecimentos relacionados ao setor de alimentos e bebidas como conveniências, mercados, açougues e hortifrútis. Com certeza vai fomentar o desenvolvimento da região, vai gerar empregos diretos e indiretos e, depois de tudo organizado, poderão ter apresentações musicais, poéticas e artísticas nos estabelecimentos participantes, além de festivais e encontros gastronômicos e culturais.
FCG – Como um jovem se comporta a frente de cardeais da política de Mato Grosso do Sul?
PAPY – Sendo verdadeiro. Me preparei para estar onde estou. É claro que o eleitor tem que acreditar na gente, na nossa proposta e no resultado que damos. Gosto da política, essa que procura faze o bem às pessoas. Gosto também de me aprofundar na política, da articulação, do debate e da melhora de ideias. Como dirigente, tenho que atender o Solidariedade de forma que o partido cresça sem perder o foco, que é atender as pessoas.
FCG – O apoio do Solidariedade ao MDB teve como motivo principal qual fator?
PAPY – Considero uma honra e um orgulho acompanhar o homem que é um marco do MDB em MS, André Puccinelli. É bom ressaltar que o apoio do partido não foi feito com nenhum tipo de acordo não republicano, que não estamos condicionados a nada a não ser em discutir um projeto moderno para a campanha ao governo. Quem acha que André está desatualizado vai cair do cavalo. E espero que nosso partido consiga eleger um deputado Federal e um Estadual.
FCG – Corre nos bastidores que seu nome é bem cotado para ser vice de Puccinelli, como o senhor avalia?
PAPY – Avalio com muita alegria, mas agora o foco é manter o partido antenado nas questões que mais incomodam as pessoas. Temos que resolver. Se mais pra frente a conversa de vice-governador avançar, estarei preparado. Apesar de não ter exercido cargo no Executivo, acho que minha formação e minha carreira me dão os atributos necessários. Me sinto preparado e seria um honra.