Se em 2020 elegeu 37 prefeitos, PSDB sai agora ainda mais forte, com hegemonia absoluta em 44 dos 79 municípios
Para vencer eleições não basta somente ter um bom discurso, estrutura operacional e tempo de sobra no rádio e TV. Os eleitores exigem algo que para eles é o fator central: intimidade com os candidatos e partidos. E uma intimidade que não se limita a tapinha nas costas ou à selfie para as redes sociais, mas cristalizada na solidez das relações entre políticos, sociedade e programas.
Estes atributos são visíveis em duas das principais lideranças em Mato Grosso do Sul, ambas do PSDB: o ex-governador Reinaldo Azambuja e o governador Eduardo Riedel. O prestígio deles, numa linguagem popularesca, parece ser à prova de bala. As vitórias eleitorais dos tucanos começaram a ser escritas com maior nitidez e abrangência com a trajetória de Azambuja, que saiu de duas gestões na prefeitura de Maracaju e venceu as disputas para deputado estadual, deputado federal e governador de dois mandatos.
INTELIGÊNCIAS
Nesta caminhada, o acúmulo de conquistas eleitorais foi coroado com outros avanços, sobretudo ao encarar e instalar a vitoriosa governabilidade de oito anos e cercar-se de destacadas inteligências para ter em sua gestão o melhor planejamento estratégico. E é nesta conta que entra Eduardo Riedel, um técnico por excelência que surpreendeu os céticos e demonstra, a cada dia, sua talentosa vocação para a política.
Eleito governador em 2022, não demorou muito para Riedel fixar-se no imaginário da receptiva e aprovadora avaliação popular. Além de manter as bases e programas do antecessor, Riedel dá continuidade e aprimora, com Azambuja, o modelo vitorioso de gestão que contém a agenda municipalista e outras iniciativas exitosas, como os programas de auxílio emergencial, a política pública de atração de investimentos e geração de empregos e inovações futuristas, entre elas o amplo fomento à economia criativa.
RETORNO
Estes, em síntese, são alguns dos firmes alicerces em que se assentaram o discurso e a divulgação programática das candidaturas do PSDB às prefeituras de Mato Grosso do Sul. Os números falam mais alto. Os tucanos, que fizeram 37 prefeitos em 2020, agora saem das urnas com a hegemonia em 44 das 79 prefeituras sul-mato-grossenses. Indiretamente, por meio de alianças, dividem a posição hegemônica em mais de uma dezena de cidades nas quais os tucanos indicaram as candidaturas a vice.
Neste universo de conquistas, o partido ganhou diretamente em três dos cinco maiores colégios eleitorais: Dourados (Marçal Filho), Três Lagoas (Cassiano Maia) e Ponta Porã (Eduardo Campos). Além disso, o partido conseguiu eleger 17 vice-prefeitos e 261 vereadores, representando um aumento de 7% e 11,5% em relação a 2020, respectivamente. Em Corumbá, quarto maior município, a vice-prefeita eleita, Bia Cavassa, é do PSDB. Também estão no “pacote” triunfal as prefeituras de Aquidauana, Nova Andradina, Jardim, Porto Murtinho, Paranaíba, Ribas do Rio Pardo. Até a “Folha de São Paulo” ressaltou em manchete: “PSDB vira partido do Pantanal com 56% das prefeituras em MS”.
Segundo Azambuja, o resultado é dos mais estimulantes. “Faço uma análise extremamente positiva. Além de fortalecer o partido para 2026, estes resultados nos credenciam a implementar programas de gestão que vêm dando certo em todo o Estado”, salientou.