Para Riedel, o processo de regionalização da saúde tem sido fundamental para o fortalecimento do setor, e será ampliado nos próximos anos
O financiamento da saúde pública no Brasil é tripartite. Isso significa que a União os Estados e Municípios tem que contribuir com uma fatia de sua manutenção. Historicamente esta divisão tem pesado mais aos cofres estaduais e municipais, que são os grandes responsáveis pela manutenção da máquina do SUS, hoje. A manutenção do custeio de leitos de UTI e o financiamento do próprio SUS passam, portanto, por políticas públicas que permitam investimentos superiores ao teto constitucional da Saúde.
“Para isso, é preciso fortalecer ainda mais a nossa economia, dando aos municípios fôlego fiscal para ampliarem sua margem de investimentos. Da mesma forma, o Estado deve garantir não só o mínimo constitucional mas, também, ampliar este percentual conforme a necessidade. Para isso, vamos continuar trabalhando para aumentar a pujança econômica de Mato Grosso do Sul, gerando mais riquezas e, em consequência, aumentando nossa capacidade de investimento”, argumentou o candidato ao Governo do Estado, Eduardo Riedel.
Para Riedel, o processo de regionalização da saúde tem sido fundamental para o fortalecimento do setor, e será ampliado nos próximos anos. “A regionalização da saúde, com a construção e ativação de novos hospitais, está sendo vital para desafogar o fluxo de pacientes na capital. Com isso, o atendimento de pacientes do interior em Campo Grande diminuiu de 45% para 9%. A regionalização existe na prática.”, atesta.
O candidato lembra que, quando a atual gestão assumiu o Governo, há quase oito anos, havia 500 mil pessoas na fila de procedimentos. “Por isso realizamos a Caravana da Saúde. Ela foi fundamental para diminuir as filas num primeiro momento. E agora temos que continuar o processo”.
Especialistas concordam que o caminho para uma saúde mais potente passa pelo foco à Atenção Básica. Eduardo Riedel concorda e diz que trabalhará junto com os municípios para contratar mais profissionais de saúde, mas que isso dependerá do resultado que cada município apresente na Atenção Básica. “Vamos trabalhar juntos”, assegurou.
QUAL O PRÓXIMO PASSO? RIEDEL EXPLICA
“Vamos concluir a interiorização e atacar uma das principais causas da insatisfação das pessoas: a atenção básica, o posto de saúde que está caindo aos pedaços, as pessoas aguardando horas na fila, sem médico para atender. Tem municípios que fizeram o dever de casa e dão show na atenção primária, com mais de 95% de cobertura, e tem municípios que não fizeram bem este trabalho. Vamos ter que cobrar duramente este resultado, pois eles são o ponto de partida da complexa administração da saúde”, afirma.
Parceira de Riedel e candidata ao Senado, a ex-ministra do presidente Jair Bolsonaro, Tereza Cristina, disse estará ao lado do “futuro governador” na busca por mais recursos e investimentos para a Saúde: “Vamos trabalhar muito neste sentido”.
O investimento mais importante para o setor se dá em ações de promoção de saúde e prevenção de doenças, e também na atenção primária, que devem estar associadas a outros setores, como a questão do saneamento e dá segurança no trânsito, que também impactam na saúde. Tudo isso tem grande influência na redução do número de internações hospitalares, desafogando o setor. “São ações tão ou mais importantes do que a construção de hospitais. Outro aspecto que influencia na economia de recursos é qualificação profissional e a infraestrutura e tecnologia dos serviços hospitalares. Vamos estar focados nisso”, avisa o candidato.