Publicada nesta segunda-feira (07), a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), mostra que a cesta básica de Campo Grande teve uma das altas mais expressivas de todo o país, em outubro.
Segundo dados da publicação, entre setembro e outubro, as altas mais expressivas ocorreram, respectivamente, em Porto Alegre (3,34%), Campo Grande (3,17%), Vitória (3,14%), Rio de Janeiro (3,10%) e Curitiba e Goiânia (ambas com 2,59%).
Já as reduções mais importantes ocorreram em algumas cidades do Norte e Nordeste: Recife (-3,73%), Natal (-1,40%), Belém (-1,16%), Aracaju (-0,61%) e João
Pessoa (-0,49%).
Sobretudo, em 2022, o custo da cesta básica apresentou elevação em todas as cidades, com destaque para as variações acumuladas. Nesse caso, o maior índice é de Campo Grande (14,39%).
Em sequência vem Goiânia (13,15%), Porto Alegre (12,58%), Brasília (12,47%) e Curitiba (10,80%). Em Recife, foi observado o menor percentual (4,89%).
Preços
Em Campo Grande, no mês de outubro, a cesta básica custou em média R$ 733,65. Esse valor indica uma variação mensal de 3,17% e anual de 12,28%.
Além disso, é um valor que compromete 65,44% do salário mínimo, conforme mostra a pesquisa.
Comparação com o salário mínimo
Com base na cesta mais cara, que, em outubro, foi a de Porto Alegre, o DIEESE estima que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.458,86, ou 5,33 vezes o mínimo de R$ 1.212,00.
Em setembro, o valor necessário era de R$ 6.306,97 e correspondeu a 5,20 vezes o piso
mínimo.
Em outubro de 2021, o valor do mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 5.886,50 ou 5,35 vezes o valor vigente na época, de R$ 1.100,00.
Alimentos na Capital
Em Campo Grande, entre os alimentos da cesta básica que mais tiveram alta no preço está a batata, que aumentou em todas as cidades da região Centro-Sul.
A diminuição da oferta foi explicada pelo fim da safra de inverno e pelas chuvas. As altas mais expressivas foram registradas no Rio de Janeiro (32,43%), em Brasília (31,56%), Campo Grande (28,81%) e Goiânia (28,57%).
Vendido ao preço médio de R$ 5,55, o tomate foi o item com alta de preço mais expressiva: 35,70%. Em 12 meses, contudo, o fruto registrou a retração mais significativa (-19,10%).
A banana (12,66%) apresenta altas sucessivas há 5 meses. O preço médio do quilo da fruta, um cálculo ponderado entre os tipos Nanica e Prata, chegou a R$ 14,04.
Com relação às quedas, pelo terceiro mês consecutivo, o leite de caixinha (-7,80%) registrou queda de preços, e um litro da bebida foi comercializado ao preço médio de R$ 5,91.
Depois de dois meses consecutivos de queda, a farinha de trigo registrou discreta alta de 0,28%. Em 12 meses, porém, o acumulado chega a 33,52%.
Foram observadas, ainda, retrações nos preços de óleo de soja (-4,94%), açúcar cristal (-3,00%), feijão carioquinha (-2,87%), manteiga (-1,91%), pão francês (-0,31%), arroz agulhinha (-0,23%) e café em pó (-0,16%).