O Senado Nelson Trad Filho em entrevista exclusiva à Folha de Campo Grande, ressaltou a urgência da classe política se unir, independente da legenda, sem polarizações, com intuito de encontrar uma forma de reduzir os preços dos alimentos.
Sobre a economia atual do país e a proposta do Governo Federal em baratear o preço de alguns alimentos, o Senador Nelsinho destacou que é a favor de todas as medidas que possam ser adotadas para melhorar a vida da população, independente de qual partido que apresente a sugestão.
“Trazendo essa realidade aqui para Mato Grosso do Sul, Campo Grande atualmente lidera com o maior percentual de alta nos alimentos das capitais brasileiras. Então, é uma situação que não está boa. Nossa geração, se acostumou a não conviver com a inflação. Então, é muito importante que a gente continue nesse caminho, até para a gente poder gerir as nossas economias. Apesar de Campo Grande estar liderando negativamente essa questão, as medidas que vierem a favor de baixar o custo dos alimentos, no primeiro momento, tem que ser bem-vinda e acolhida, porque isso reflete diretamente para dona de casa que vai lá e fazer a compra do mês no mercado, da cesta básica.
Ainda não chegou nenhuma medida no Congresso, a gente vai analisar, mas já temos uma posição de que tem que fazer alguma coisa para baixar o custo dos alimentos. A conta feita pela dona de casa é a que bate. Você pode ter certeza que isso aí, é o que faz com que o Governo se mexa. Não há outro caminho a não ser tentar achar medidas para baratear o custo dos alimentos. Isso tem que ser buscado entre situação e oposição. Tem que deixar de lado um pouco a questão da polarização política e achar um meio termo que possa fazer frente à baixa do custo dos alimentos e que isso não venha a gerar inflação”.
Nelsinho Trad sugeriu que é preciso diálogo entre os setores envolvidos e deliberação com urgência: “Não adianta você ver os preços dos alimentos continuarem subindo e você querer compensar isso com outra situação a não ser baixar os preços. Não tem outra alternativa. O poder de compra vem a partir do momento que aquilo que você vai comprar está barato. Então, o que a gente tem que focar, envolver a frente da agricultura no Congresso, que é muito forte, a Frente Parlamentar da Agricultura, pegar as pessoas experientes, como a ex-ministra Tereza Cristina, como o próprio ministro Fávaro, que são pessoas que dialogam, sentar numa mesa e falar o seguinte, o preço dos alimentos está muito caro, o que nós podemos fazer para baixar? E vamos sair dali acordado, porque o que a população espera de nós é exatamente isso. É que a gente possa trabalhar em benefício daquilo que está afligindo-a”.