Em números absolutos, o Brasil permanece como a oitava economia do mundo
Após a divulgação do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 1,4% no segundo trimestre, o Brasil passou a figurar em segundo lugar entre as economias que mais cresceram no mesmo período. A informação foi divulgada pela agência de classificação de risco Austin Ratings.
No ranking, o Brasil divide o segundo lugar com outros dois países: Arábia Saudita e Noruega. Ambos apresentaram crescimento de 1,4% em seus respectivos PIBs. Na comparação em que se retira os efeitos sazonais, o Brasil teve um aumento de 5,7% comparando o segundo com o primeiro trimestre deste ano, considera a Austin Ratings.
Na projeção para 2024, a agência acredita que o PIB brasileiro deverá crescer 2,46%, ainda em linha com as previsões atuais do Ministério da Fazenda. O ministro Fernando Haddad, porém, disse a jornalistas nesta terça-feira, 3, acreditar que a projeção da pasta deverá ser revista para cima após o resultado de mais cedo.
Em primeiro lugar, com maior crescimento percentual do PIB no ranking, está o Peru. No segundo trimestre deste ano, a economia peruana aumentou 2,4%. Retirando os efeitos sazonais, em comparação com o trimestre anterior, o aumento foi de 9,8%.
Em números absolutos, o Brasil figura como a oitava economia do mundo, com uma projeção de PIB corrente de R$ 2,3 trilhões para 2024. O PIB brasileiro representa uma fatia de 2,1% da economia mundial.
Em primeiro lugar está os Estados Unidos, com PIB de R$ 28 trilhões. A economia norte-americana representa uma porção de 26,4% do mundo.
PIB brasileiro foi puxado pela Indústria e Serviços
O setor de Serviços cresceu 1% no segundo trimestre de 2024, e o da Indústria 1,8%. Esses dois setores puxaram a alta do PIB, segundo o IBGE. Isso porque, por outro lado, a Agropecuária apresentou resultados negativos, recuando 2,3% no período.
Para Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, o resultado deste trimestre destaca o “fim do protagonismo da Agropecuária”. “A Indústria se destacou nesse trimestre, em especial na Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e na Construção”, complementa.
O crescimento da Indústria e Serviços tem sido visto desde os outros resultados divulgados pelo IBGE referentes ao ano de 2024. Em comparação com o mesmo trimestre de 2023, o setor de Serviços cresceu 3,5%, a Indústria, 3,9% e a Agropecuária recuou 2,9%.
“O maior consumo de eletricidade, principalmente nas residências, e a manutenção da bandeira tarifária verde ajudaram o setor da Indústria. Além disso, a Construção cresceu 4,4%, as Indústrias de Transformação tiveram sua segunda alta consecutiva (3,6%) e as Indústrias Extrativas cresceram 1,0%”, considera Rebeca