Em MS, o número de estabelecimentos do setor que ficaram no vermelho em agosto equivale a 15%
A Pesquisa da Abrasel revela um cenário desafiador para o setor, com um aumento substancial no número de empresas operando no vermelho no mês de agosto. Segundo o estudo, 24% do total das empresas pesquisadas relataram operar sem lucro, um aumento de 5% em relação à última pesquisa, realizada em julho. Já o recorte de Mato Grosso do Sul, revela que 15% dos bares e restaurantes locais ficaram no vermelho, neste mês, um percentual bem menor que o da média nacional.
Para o presidente da Abrasel MS, João Francisco Denardi, esse percentual abaixo dos outros mercados é reflexo de alguns benefícios que o setor possui no Estado. “Nosso setor vem lutando para conseguir superar os desafios. Aqui no Estado temos o apoio do governo estadual com isenção do ST e também do ICMS para quem é Simples e redução de 7% para 2% do ICMS para quem não é Simples, o que nos dá fôlego, fazendo com estejamos num cenário mais favorável em relação ao restante do país, mas é importante frisar que a cada dia temos que enfrentar novos desafios e que não estamos totalmente recuperados das perdas”.
João Francisco ainda lembrou que em MS há um investimento na melhora da gestão dos negócios, por meio da parceria com o Sebrae. “Os empresários estão se qualificando, se aperfeiçoando, para profissionalizar a gestão dos seus negócios e o Sebrae é um grande parceiro que tem nos auxiliado nesse sentido”.
A pesquisa revela ainda que 35% das empresas do setor em MS permanecem em equilíbrio financeiro, frente a 34% em nível nacional, enquanto 48% obtiveram lucro aqui no Estado, e 41% no restante do país.
Recorte estadual
De acordo com a Pesquisa Abrasel a queda nas vendas é apontada como principal motivo para o mau desempenho, sendo apontada por 65% dos que responderam em MS. 53% disseram que a redução no número de clientes é o motivo para o resultado negativo.
60% apontaram as dívidas com impostos e taxas, enquanto outros 60% apontaram as dívidas com empréstimos como responsáveis pelo resultado ruim. Já para 40%, foram os custos com alimentos e bebidas.
Outros motivos apontados: eventos climáticos que reduziram o fluxo de clientes (13%), custos relacionados à localização, como aluguel, conservação, reformas etc (20%), custo da energia (20%) e custo com pessoal (47%).
Lembrando que era possível apontar mais de um motivo para o resultado negativo.