Apesar da pandemia de Covid-19, Mato Grosso do Sul acumula resultados positivos na geração de empregos em todas as áreas. Fabiana Costa da Silva, de 26 anos, começou a trabalhar como operadora de caixa em um atacarejo inaugurado nesta quarta-feira (11), no Jardim Noroeste, em Campo Grande.
O novo local de trabalho fica a 200 metros da casa dela. “Graças a Deus fomos abençoados. É uma oportunidade perto da minha casa, duas esquinas. Posso ver meu filho na hora do almoço, esquentar comida para ele. Não preciso pegar ônibus. É uma coisa muito gratificante”, conta Fabiana.
Mãe solteira, ela já tinha trabalhado como operadora de caixa em 2016, mas o último emprego foi como auxiliar de cozinha. Após seis meses sem conseguir emprego fixo, hoje ela tem tranquilidade para pagar as contas de água, luz e fazer as compras de comida e material escolar do filho, de 8 anos.
O novo emprego é na 4ª unidade do atacarejo Mister Junior, rede responsável por 450 empregos diretos. O proprietário, Francisco Rodrigues Coelho Junior, conta que a intenção é fornecer diversos produtos de qualidade.
“Estamos há 30 anos no mercado. Aqui no Noroeste, montamos uma grande estrutura, inclusive com açougue e padaria. Além de gerar empregos diretos e indiretos, a implantação das nossas unidades valoriza a região. Observamos isso quando inauguramos a unidade no São Conrado, em 2019”.
O comércio, com crescimento de 11.499 vagas no mercado formal de trabalho no ano passado e novo saldo positivo nos primeiros três meses de 2022 (261), é apenas um dos setores a crescer em Mato Grosso do Sul. Todos os segmentos – agropecuária, construção, indústria, serviços e comércio – ampliaram as vagas no mercado de trabalho formal em 2021 e no primeiro trimestre de 2022, mesmo com a pandemia.
Para as unidades mais recentes do atacarejo (Noroeste e São Conrado), a rede contou com o apoio da Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul), do Governo do Estado, para selecionar os candidatos às vagas.
Wagner Rubens e Sônia Aparecida da Silva também foram contratados para a nova unidade supermercadista. “Um amigo falou que ia abrir um mercado aqui na vila. Eu decidi sair da minha antiga empresa para esperar a vaga aqui. Fiquei três meses esperando. É próximo de casa, não precisa pegar ônibus – pegar ônibus aqui no Noroeste é bastante difícil – e isso facilita bastante o nosso dia”, contou Wagner, que tem 38 anos, e está no setor de hortifruti.
Já Sônia, começou a trabalhar na padaria. “Passei na seleção aqui e por ser uma empresa que está crescendo também eu vi a oportunidade junto a eles. Estou fazendo de tudo um pouco para ver, lá na frente, o que a gente melhor se encaixa. Lá dentro da padaria eu mexo dentro da confeitaria seca, da gelada, atendo balcão e ajudo a fazer o pão, a massa”.
Ela estava desempregada há 6 meses.“Faz falta você se sentir estabilizado porque estando empregado com salário fixo, você tem projetos, tem planos. E você desempregado não pode fazer nenhum planejamento. Agora, com essa oportunidade, nessa empresa tão grande, nos trouxe essa esperança, de nós podermos crescer dentro dela”, acrescentou.
A geração de empregos é, em parte, reflexo de ações do governo, que adotaram protocolos de biossegurança, medidas para impulsionar a vacinação da população e criaram um ambiente favorável para a atração de indústrias e investimentos.
“Fizemos as reformas necessárias e transformamos Mato Grosso do Sul em um estado equilibrado financeiramente, capaz de cumprir obrigações básicas, como o pagamento de salários do funcionalismo e ainda fazer investimentos. Quem investe aqui tem segurança jurídica. Temos uma das melhores políticas de incentivos fiscais, abrindo uma janela de oportunidades, gerando empregos, renda e promovendo o desenvolvimento social. O papel do Estado é esse: ser indutor do desenvolvimento”, explicou o governador Reinaldo Azambuja.
O maior destaque na geração de empregos ficou por conta do setor de serviços, com uma explosão de 14.619 vagas em 2021 e 7.697 em apenas três meses deste ano.