Para assegurar que o índice estimado fique em torno de 15%, segundo consultorias do setor, a autarquia autorizou que a empresa faça empréstimos bancários de R$ 178,6 milhões a serem pagos pelos consumidores em 2023 para cobrir o rombo causado pela escassez hídrica do ano passado, mesmo com a concessionária registrando aumento de 75,7% no lucro em 2021.
Essa transação financeira, de acordo com a Aneel, evitará que o aumento seja muito superior aos 15% estimados, uma vez que retira do cálculo da tarifa 4,14 pontos percentuais.
Embora tenha adotado este procedimento e as bandeiras tarifárias extras cobradas do consumidor para conter a disparada no valor da conta de luz, o custo da energia elétrica (cotada em dólar) adquirida pela concessionária e a disparada da inflação nos últimos 12 meses mantém o reajuste elevado.
Um dos índices utilizados para definir a nova tarifa é o IGPM (Indice Geral de Preços do Mercado), que chega a 16,12% no ano (entre fevereiro do ano passado e fevereiro deste ano).
Por ainda não ter o IGPM de março, foi apresentado um relatório parcial sobre o percentual de reajuste no dia 29 do mês passado, sendo que a Superintendência de Gestão Tarifária (SGT) informou “que ainda serão atualizados os cálculos com IGPM que será publicado em 30/03/2022” e que “os financeiros para mitigação de efeitos (créditos PIS/COFINS) e empréstimo da Conta de Escassez Hídrica utilizados nos cálculos estamos aguardando a ratificação da concessionária.”, conformo documento que consta no sistema da Agência.
O processo com o parecer final que define o percentual do aumento será apresentado pelo diretor Sandoval de Araújo Feitosa Neto, sendo que o relatório precisa ser aprovado pela diretoria da autarquia na terça-feira para que a nova tarifa de luz entre em vigor dia 8.