A crise financeira que assolou o Brasil no ano passado refletiu diretamente na economia de Corumbá em 2015. De janeiro a dezembro do ano passado, a cidade viu o fechamento de 5.616 vagas formais de emprego, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A balança ficou no vermelho, com saldo negativo de 614 vagas. Naqueles 12 meses, o município contabilizou 5.002 contratações com carteira assinadas.
Os setores econômicos que mais dispensaram, durante todo o ano passado, foram – pela ordem – o de Serviços (1.949 desligamentos); comércio (1.381 dispensas); agropecuária (1.277 demissões) e indústria de transformação (397 demitidos). Na sequência apareceram o setor extrativo mineral (284); Construção Civil (252) e serviços de indústria de utilidade pública (76).
Nessa faixa temporal estudada pelo Ministério do Trabalho, apenas dois segmentos não registraram déficit de vagas. O setor de serviços de indústria de utilidade pública teve saldo zero, ou seja, contratou e dispensou o mesmo número de profissionais nos doze meses de 2015. A agropecuária teve desempenho melhor, com saldo de 99 vagas sobreviventes aos cortes. Os piores números ficaram para serviços (-301 vagas) e extrativo mineral (-204).
2016 começou devagar
As primeira estatísticas de 2016 mostram que o ano ainda sente os reflexos da crise financeira. Em janeiro, o mercado formal corumbaense contratou 422 pessoas com carteira assinada e dispensou 421, saldo positivo de criação de 1 posto de trabalho. As estatísticas de fevereiro seguem na base de cálculos do MTE.
Quem demonstrou ter sentido o impacto negativo da economia foi o setor da extração mineral que dispensou 30 trabalhadores e não contratou ninguém. O segmento de serviços também teve desempenho preocupante, o saldo negativo foi de 15 vagas. O melhor comportamento de janeiro ficou com a agropecuária. Entre contratações e demissões obteve salto de manutenção de 42 postos de trabalho.
Análise por setores
O Caged, criado pela Lei nº 4.923/65, é um registro administrativo que acompanha e fiscaliza o processo de admissão e dispensa de trabalhadores regidos pela CLT, em todo o país. As empresas encaminham os dados mensalmente, pela internet, ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
As informações se referem aos municípios e às atividades econômicas e servem de suporte a várias políticas de emprego. Como a pesquisa só mede o emprego com carteira assinada, o Caged exclui as informações sobre o desemprego informal, que aparece nas demais pesquisas de desemprego.
São pesquisados os setores econômicos do extrativismo mineral; indústria da transformação; serviços de indústrias de utilidade pública; construção civil; comércio administração pública e agropecuária. (Diário Online)