As centrais sindicais unificadas em reunião com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, esta semana em São Paulo, discutiram o processo de recuperação judicial do Grupo Americanas e reforçaram a necessidade de garantia dos empregos e dos direitos dos mais de 44 mil trabalhadores diretos e de centenas de milhares de trabalhadores de toda a rede de fornecedores.
“Não podemos permitir que os trabalhadores, pais de família, tenham prejuízos por conta dos problemas que o grupo gerou no Brasil. É preciso garantir a manutenção de todos os seus direitos”, afirmou o coordenador regional da Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB, em Mato Grosso do Sul, José Lucas da Silva, presidente da Feintramag MS/MT.
Segundo ele, de acordo com nota divulgada pelas centrais (CSB, CUT, Força Sindical, UGT, CTB e NCST), a atividade econômica, as empresas e os empregos têm que ser preservados, independente das responsabilidades dos executivos, controladores e acionistas relevantes do Grupo Americanas, que ainda estão sendo apuradas.
Se os indícios de fraude forem provados, os culpados devem ser punidos, mas a empresa e os empregos precisam ser preservados.
Por esses motivos, as centrais solicitaram ao Ministro do Trabalho e Emprego que o Governo participe diretamente do processo, com o objetivo de estabelecer diálogo tripartite e total transparência neste que é um dos maiores processos de recuperação empresarial do país.