Alta foi de 2,15% em maio, ficando atrás somente de Porto Alegre e Florianópolis. No acumulado do ano este percentual já está em 7,28%
A cesta básica em Campo Grande registrou um aumento de 2,15% entre abril e maio de 2024, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Esse acréscimo coloca a capital sul-mato-grossense na 3ª posição no ranking nacional de “Custo e variação da cesta básica”, o preço da cesta básica em Campo Grande chegou a R$ 748,48 em maio.
Considerando o valor da cesta e a Lei nº 185/1936, que determina que o salário mínimo deve suprir as necessidades básicas de uma família, o salário ideal deveria ser de R$ 6.946,37 (4,92 vezes o salário mínimo atual de R$ 1.412,00), segundo o Dieese. Com o valor atual, a cesta básica representa 53% do salário mínimo.
A cesta básica em Campo Grande é composta por 13 itens. Entre abril e maio, apenas dois produtos tiveram alta: batata (44,32%) e tomate (10,90%). O feijão foi o único item com queda (-7,59%). No acumulado dos últimos 12 meses, a batata teve um aumento de 122,89%.
O trabalhador em Campo Grande precisou trabalhar 116 horas e 37 minutos em maio para comprar a cesta básica. Esse tempo é maior do que em abril (114 horas e 10 minutos) e maio de 2023 (120 horas e 41 minutos).
Considerando o desconto da Previdência Social (7,5%), o trabalhador com salário mínimo comprometeu 54,31% da renda líquida para comprar a cesta básica em maio de 2024. Em abril, esse percentual foi de 54,01%. Em maio de 2023, o índice era de 55,68%.
O aumento da cesta básica em Campo Grande, somado ao valor insuficiente do salário mínimo, torna cada vez mais difícil para os trabalhadores arcar com as despesas básicas. A situação exige medidas urgentes para garantir a renda digna e a qualidade de vida da população.