Investimentos confirmam direção acertada das políticas públicas de incentivo criadas pelo governo estadual
A liderança brasileira no ranking mundial de produção e exportação de papel e celulose vem recebendo das plantas empresariais instaladas em Mato Grosso do Sul uma contribuição decisiva. Por enquanto, instaladas e a instalar, cinco grandes marcas já escolheram o Estado. Duas das maiores empresas do setor estão neste mapa: a Suzano, já operando em Ribas do Rio Pardo, e a chilena Arauco, avançando com suas obras de implantação em Inocência. “É um boom de progresso e inclusão”, comemora o governador Eduardo Riedel (PSDB).
Para fixar as raízes de seus negócios em terras sul-mato-grossenses, os investidores avaliaram a radiografia das minuciosas prospecções realizadas para aferir os prós e contras. Os resultados, como se pode constatar, foram dos mais favoráveis, motivando poderosos grupos econômicos a “descobrir” um ambiente novo, seguro e capacitado para seus investimentos. Além das condições naturais, o poder de atração é reforçado por políticas públicas que identificam e contemplam as necessidades empresariais.
Além da Suzano, a maior fábrica de celulose no mundo em linha única, outros empreendimentos “invadem” diferentes regiões. Em Inocência, por exemplo, no Bolsão, a Arauco e suas positivas influências já integram o cotidiano das comunidades locais. O município é um dos que compõem o mosaico microrregional conhecido como “Vale da Celulose”, traduzido por indústrias do setor em Três Lagoas (da Eldorado Brasil, produzindo celulose de eucalipto) e Ribas do Rio Pardo (da Suzano).
Em Inocência, a 50 km do centro da cidade, a Arauco Brasil está desenvolvendo o Projeto Sucuriú. São 1.800 operários na terraplanagem da planta industrial, que tem investimentos de mais de US$ 4,6 bilhões e vai produzir 3,5 milhões de toneladas. O processo consiste no preparo da área onde será construída a fábrica, a partir do primeiro trimestre de 2025. A previsão para o início de operação é para o segundo semestre de 2027.
PROGRESSO SUSTENTÁVEL
“Será uma unidade moderna, que vai gerar empregos, oportunidades, desenvolvimento social e econômico. Mato Grosso do Sul estabeleceu uma estratégia de desenvolvimento sustentável baseado na atração de grandes investimentos e na geração de emprego, e a vinda desta operação reforça a confiança dos investidores no Estado”, afirmou Riedel.
Para atender à demanda gerada pela nova fábrica, o Governo do Estado está investindo em obras de infraestrutura, entre as quais a construção de um acesso rodoviário, a instalação de terceira faixa em pontos estratégicos da MS-377 e a pavimentação da MS-316. Está prevista a construção de um aeroporto em Inocência, para facilitar o acesso e o transporte de cargas.
BASE FLORESTAL
O secretário estadual de Desenvolvimento, Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, explica que a fábrica ainda está na fase inicial, a terraplanagem, e começa a negociação da parte industrial. “Boa parte da movimentação da cidade está exatamente na ampliação da base florestal, que deve passar dos 300 mil hectares. Independente da questão da obra, existe toda uma movimentação da ampliação da base florestal, já que a Arauco, em função do tamanho do empreendimento, precisa fazer plantio de eucalipto, manutenção de florestas e ampliação das áreas. Isso já é percebido na região”, comenta.
A cidade saiu de uma população de 8.400 pessoas e em pouco tempo, com o início das obras, já abriga 13 mil moradores, podendo saltar para 32 mil nos próximos dois anos. A expectativa é que o Projeto Sucuriú abra até 14 mil empregos no pico da obra, de forma escalonada. “Trata-se de um projeto de grande magnitude. Com o início da operação, teremos como reflexo o impulso ao desenvolvimento social e econômico da região, com o aumento de geração de emprego e renda, maior arrecadação de impostos e atração de novos investimentos”, salientou o presidente da Arauco, Carlos Altimiras.