A avicultura sul-mato-grossense gera mais de 50 mil empregos diretos e é considerada essencial para sobrevivência de famílias e manutenção da população na área rural do Estado. Com 2.098 aviários, 554 núcleos e produção anual de quase 4,65 milhões de toneladas de carne, a cadeia produtiva ganha mais visibilidade e busca incentivos para aliar mais eficiência e competitividade.
Diante destes números e inúmeras demandas da classe produtora, a Semagro (Secretaria de Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar, está trabalhando ativamente na criação de um Plano Estadual de Incentivos à Avicultura. As propostas e diretrizes foram debatidas durante o evento “Diálogo para o Desenvolvimento das cadeias Produtivas” da Avicultura, realizado na semana passada pela Semagro, em parceria com o Sebrae, dentro do programa PROPEQ Dinamiza.
O Plano que foi apresentado em palestra do coordenador da Câmara Setorial de Avicultura de MS, Adroaldo Hoffmann, prevê a atração de novas indústrias, com foco no cooperativismo; produção alternativa de energia elétrica; manutenção e melhorias das estradas; fortalecimento do associativismo; mais emprego e renda e um dos principais itens que é a criação de um subprograma para concessão de incentivos financeiros. Em contrapartida o Governo concederia incentivos financeiros, para reinvestimento dos produtores na produção.
Na apresentação ele destacou que em contrapartida, o avicultor terá que seguir parâmetros de excelência como aplicação de tecnologias de sustentabilidade econômica, social e ambiental; dispor de energia renovável (ex: solar, biomassa, etc) em substituição a energia regular, fornecida pelas concessionárias/cooperativas; aplicar regras e conceitos de boas práticas agropecuárias, especialmente nas questões de biossegurança, e bem-estar animal; entre outros requisitos.
Entre as propostas apresentadas pelo setor para melhorar a atividade estão a criação do Subprograma de incentivos financeiros para aves de corte no PROAPE; atrair novos empreendimentos, com foco no cooperativismo (Governo, FAMASUL e FIEMS); que os incentivos financeiros não sejam considerados receitas e sensibilizar prefeitos para a manutenção das estradas.