Presente no dia a dia da maioria da população, o açúcar pode levar a uma série de prejuízos à saúde, especialmente das crianças. A longo prazo pode comprometer a saúde, estendendo-se para a fase adulta.
O excesso de açúcar, presente em guloseimas, como balas, pirulitos e chocolates, e até mesmo em biscoitinhos de maisena, pode causar hiperatividade, dificuldade de concentração, irritabilidade, elevação dos níveis de colesterol, obesidade, além de aumentar o risco de doenças crônicas no futuro, como diabetes e hipertensão.
Ideal seria se o açúcar não fosse inserido na alimentação das crianças, mas sabemos que é quase impossível, então a orientação é, se necessário, que seja somente a partir dos dois anos de idade, como explica a nutricionista da Unimed Campo Grande, Allessyane Cleyti.
“Os menores de dois anos não devem consumir nenhum alimento que contenha açúcar. Nesta fase, o único açúcar permitido é o contido nos alimentos in natura, como a frutose, encontrada nas frutas. Até porque nesta idade, a criança não conhece o sabor dos alimentos, não havendo então a necessidade de adicionar açúcar, sal ou qualquer tempero para facilitar a sua ingestão”.
Vale ressaltar que os hábitos alimentares da família têm grande influência sobre os pequenos. Por isso, é importante estar atento.
“Se o hábito alimentar da família for rico em biscoitos, doces e guloseimas a criança acaba crescendo em um ambiente vicioso. Partindo de escolhas alimentares saudáveis, priorizando sempre os alimentos naturais e não processados, a criança desenvolverá um paladar mais aguçado”, pontua a nutricionista.
Mãe do pequeno João Miguel, de 1 ano e 5 meses, Amanda Guedes, beneficiária da Unimed CG, optou por não acrescentar açúcar na alimentação do filho.
“Eu optei por não dar açúcar para o meu filho porque acredito que não é uma coisa que seja boa. Na verdade, o açúcar modifica todo o gosto do alimento e não acrescenta em nada, pois não tem uma fonte de vitamina, proteína ou nutriente. Sempre que preciso adoçar alguma coisa uso uma fruta mais adocicada, como maçã, pera, banana ou mamão”, conta.
Amanda diz ainda que adotou isso como um estilo de vida. “Também não temos o costume de comer fritura, comidas muito gordurosas ou salgadas, refrigerantes. Muitos adultos acabam tendo que fazer uma reeducação alimentar e eu já estou educando ele desde pequeno”, pontua.
É bom lembrar que mantendo uma alimentação saudável, livre de produtos e alimentos prejudiciais, quando a criança tiver a liberdade de escolha, a mesma terá uma memória degustativa, que irá auxiliá-la no consumo consciente do açúcar e, como consequência, será mais saudável.