Os últimos dias de atividades regulares da Câmara Municipal de Campo Grande foram bem agitados. Na terça (14), quarta (15) e quinta-feira (16) os vereadores definiram os nomes da composição da Comissão de Recesso, votaram quatro projetos de lei, participaram de uma abordagem sobre o uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19 e ainda debateram em live da Comissão Especial o que está sendo feito e proposto no combate e prevenção ao coronavírus.
Por manifestação unânime, todos os vereadores se apresentaram para fazer parte da Comissão Representativa que fica de plantão durante o recesso parlamentar, que vai de 17 a 31 de julho. Todo o colegiado atuará, à distância, atendendo às demandas que a população leva aos gabinetes. Os setores administrativos funcionarão normalmente no período, com atendimento ao público das 8h às 12h.
“Todos os vereadores se disponibilizaram a fazer parte da Comissão de Recesso, que normalmente é composta por cinco membros. Agradeço por todos integrarem esse colegiado, que é muito importante”, destacou o presidente da Câmara, vereador João Rocha. Ele disse que, com isso, a população tem mais uma sólida garantia de apoio e de atenção, mesmo sem as sessões habituais.
Nesta quarta-feira (15), a live da Comissão Especial em apoio ao Combate à Covid-19 aconteceu pela primeira vez em sessão remota. Os trabalhos da comissão também seguirão normalmente no recesso. “Fizemos as sessões de maneira presencial desde o início da pandemia, mas estamos preparados para qualquer emergência. Temos muito ainda o que enfrentar, por isso precisamos ter as ferramentas prontas para qualquer situação”, assinalou Rocha.
CLOROQUINA
Na terça-feira (14), o médico Mauri Luiz Comparin utilizou a tribuna para defender o uso da hidroxicloroquina no combate a Covid-19. No dia seguinte, a live da Comissão da Covid-19 contou com a participação de médicos, integrantes do Conselho Municipal de Saúde e de um representante da Secretaria de Saúde para debater a aplicabilidade do protocolo para tratamento precoce (em fase inicial) e profilático (caráter preventivo) à infecção viral em Campo Grande. Segundo Mauri Comparin, o protocolo foi idealizado por um grupo de médicos na tentativa de reverter a evolução da doença na fase inicial. “Seria um tratamento precoce daqueles pacientes na fase viral, disponibilizado na Rede Pública, este protocolo foi idealizado pela equipe baseado em protocolos mundiais”, alegou.
“À medida que essa pandemia evoluiu no mundo, alguns estudos em laboratórios muito avançados foram descobrindo que existiam algumas substâncias disponíveis que interferiram na capacidade de reprodução da carga viral”, frisou. “Encontraram o coquetel de medicamentos que poderiam ter o potencial de diminuir a carga viral e não deixar a doença evoluir da forma letal do jeito que evolui, esses medicamentos que estão sendo disponibilizados neste protocolo, que é composto por Hidroxicloroquina, Azitromicina, Ivermectina e Sulfato de Zinco”, detalhou.
O protocolo prevê ainda utilização dos medicamentos mediante consentimento dos pacientes. Para o secretário-executivo do Conselho Municipal de Saúde, Josimar Cavalã dos Santos, é necessário que se discuta a corresponsabilização do paciente. “Queremos participar da construção desse protocolo, o termo de consentimento do usuário, a responsabilização do usuário referente ao tratamento. Até então, o médico é responsável pelo tratamento. Agora vai ser uma corresponsabilização do usuário”, disse.
O presidente da Comissão Especial, o vereador Dr. Lívio, ressaltou a questão da aquisição dos medicamentos. “A dúvida sempre foi a efetividade da aquisição desses medicamentos do protocolo de tratamento precoce na rede pública de saúde. Hoje existe dificuldade de encontrar essas medicações, muitas vezes manipuladas em farmácias privadas”, relatou. Fazem parte da Comissão Especial os vereadores Dr. Lívio (presidente), Eduardo Romero, Pastor Jeremias Flores, Betinho e Delegado Wellington.