A pandemia afetou o bolso dos consumidores, mas as datas comemorativas de fim de ano não irão passar em branco. No Natal, a população sul-mato-grossense gastará menos com presentes, mas investirá mais nas comemorações. É o que aponta estudo do Sebrae/MS e do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS.
A pesquisa mostra que o Natal deverá movimentar R$ 431,83 milhões na economia do Estado, distribuídos em R$ 275,87 milhões com comemorações e R$ 155,95 milhões com presentes. O volume total de movimentação é 29% menor em comparação ao ano passado. Apesar disto, a analista-técnica do Sebrae/MS, Vanessa Schmidt, enxerga oportunidades para o comércio.
“Temos um percentual alto de pessoas que pretendem comemorar tanto o Natal quanto o Ano Novo. A maioria irá celebrar em casa, com o preparo de refeições, consumo de bebidas alcoólicas e uma parcela menor pretende comprar pratos prontos. É um estímulo para o segmento da Gastronomia e os supermercados, que podem fazer sugestões de pratos para a ceia”, afirma.
O estudo aponta que 76% dos entrevistados irão comemorar o Natal, alta de 9 pontos percentuais. No caso dos presentes, 34% afirmaram que irão às compras, uma queda de 29 pontos percentuais. Como dica para os empresários, 10% dos consumidores não sabem o que comprar de presente. Já roupas, calçados e acessórios (45%) seguem como as escolhas preferidas, seguidos por brinquedos (33%) e móveis, eletrodomésticos e eletrônicos (8%).
A maioria pretende adquirir o presente diretamente nas lojas (71%). Outros 25% pretendem comprar de sites. “Como a maioria vai às lojas, é interessante ter uma equipe de vendas preparada, que conheça o produto e consiga fazer sugestões, porque muitas vezes o consumidor chega indeciso sobre o que comprar”, orienta Vanessa.
Ao todo, a movimentação financeira esperada com o fim de ano é de R$ 691,74 milhões, incluindo Natal e Ano Novo, uma redução de 28% em comparação a 2019. O gasto médio apurado é de R$ 913,52.
“Os empresários devem oferecer benefícios nas compras à vista e no preço, que são os dois fatores principais que os consumidores vão levar em consideração na hora de comprar”, finaliza a analista-técnica do Sebrae/MS.