Entre os políticos listados na Lava Jato que sobreviveram politicamente estão o senador Renan Calheiros (MDB-AL), alvo de mais de uma dezena de inquéritos no Supremo. Outros senadores também respiram, entre eles Jáder Barbalho (MDB-PA), Ciro Nogueira (PP-PI), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Braga (MDB-AM). A petista Gleisi Hoffmann se elegeu deputada federal pelo Paraná.
Cerca de 30 deputados envolvidos na Lava Jato também vão permanecer na Câmara. Entre eles estão nomes que já são réus, como Arthur Lira (PP-AL), Eduardo da Fonte (PP-PE) e Mário Negromonte Jr. (PP-BA), e investigados, como Celso Russomano (PRB-SP).
Há investigados com mandato que estão disputando o segundo turno como candidatos a governador ou vice-governador, como Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Rodrigo Garcia (DEM-SP). Desgastados em seus estados, três senadores envolvidos na Lava Jato decidiram mirar mais baixo neste ano e se candidataram a deputado federal.
Gleisi Hoffmann (PT-PR), alvo de dois inquéritos no STF, e Aécio Neves (PSDB-MG), réu por corrupção e obstrução de Justiça, terão vida nova na política com cadeiras na Câmara. Ao serem eleitos, eles garantiram mais quatro anos de foro privilegiado. O senador José Agripino Maia (DEM-RN), que tentava o mandato de deputado federal, foi derrotado e perderá o foro privilegiado. Ele é réu em duas ações penais que surgiram em desdobramentos da Lava Jato.